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Habitação by century 21

 

Procura de crédito à habitação e consumo subiu no 4º trimestre de 2019

21 de janeiro de 2020

 A procura de particulares por crédito à habitação e consumo subiu no quarto trimestre do ano passado, face aos três meses anteriores, beneficiando do nível das taxas de juro, adiantou hoje o Banco de Portugal (BdP).

A entidade, que divulgou os resultados do inquérito sobre o mercado de crédito em Portugal, indicou que “no segmento dos particulares, o nível geral das taxas de juro terá contribuído para o aumento da procura de crédito para aquisição de habitação e para consumo e outros fins”, segundo um comunicado publicado no seu ‘site’.

Para esta evolução, sobretudo no crédito ao consumo e com outros fins, contribuiu também a confiança dos consumidores, de acordo com o organismo.

Já no segmento das empresas, a procura manteve-se “globalmente inalterada”, sendo que o BdP não antevê “alterações relevantes” tanto para as empresas como para os particulares no primeiro trimestre deste ano.

Também a oferta, em ambos os segmentos, manteve-se “praticamente inalterada” no quarto trimestre, face aos três meses anteriores, “ainda que as pressões da concorrência tenham contribuído para tornar os ‘spreads’ ligeiramente menos restritivos nos empréstimos de risco médio concedidos a particulares para aquisição de habitação”.

De acordo com o BdP, as instituições que participaram no inquérito “não antecipam alterações de relevo nos critérios de concessão de crédito para o primeiro trimestre de 2020”.

No relatório, o regulador deu ainda conta do resultado do inquérito a outras questões não permanentes. “Verificou-se uma ligeira melhoria nas condições de acesso ao mercado através de títulos de dívida de médio a longo prazo”, sendo que, para o primeiro trimestre deste ano, “as instituições antecipam alterações semelhantes no acesso ao financiamento a retalho e por grosso e uma ligeira melhoria na capacidade de transferência do risco de crédito”.

Quanto ao impacto do malparado, ou NPL ('non performing loans') os bancos reportaram “que os custos de financiamento e as restrições de balanço contribuíram para tornar a política de concessão de crédito ligeiramente mais restritiva", assegurando, no entanto, que esta questão não teve grande impacto na sua actividade.

Segundo o BdP, a redução do impacto reportado do NPL no segundo semestre do ano passado pelas instituições nacionais e da área do euro face a semestres anteriores é um “resultado notável”.

LUSA/DI