Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Habitação
Preços das casas devem subir 4,5% em 2020 e 3% em 2021, prevê o Bankinter

 

Preços das casas devem subir 4,5% em 2020 e 3% em 2021, prevê o Bankinter

30 de dezembro de 2019

"O mercado ainda se encontra longe de um equilíbrio entre procura e oferta, pelo que os preços continuarão a ser pressionados em alta pela escassez de oferta de imóveis para venda", avança o estudo do Bankinter sobre a estratégia de investimento para o 1º trimestre de 2020.

"Em termos de perspectivas sobre o Sector Imobiliário, e não obstante a magnitude das subidas dos últimos trimestres, pensamos que o mercado ainda se encontra longe de um equilíbrio entre procura e oferta, pelo que os preços continuarão a ser pressionados em alta pela escassez de oferta de imóveis para venda", refere o documento.

A instituição bancária avança ainda que "dado que os restantes pilares do mercado imobiliário também não deverão desaparecer – baixo custo de financiamento e aumento da procura – os preços deverão manter uma tendência de crescimento, embora a um ritmo mais moderado, perante a nova oferta que deverá começar a entrar no mercado a partir de 2020".

Assim, como já referido a previsão do Bankinter quanto ao aumento dos preços das casas, aponta para +4,5% em 2020 e +3,0% em 2021 a nível nacional, uma revisão em alta face às nossas estimativas anteriores (+3,0% e +1,5% respectivamente).

"Contudo, isto não significa que os preços irão crescer de forma homogénea em todo o país. Consideramos que algumas regiões começam a apresentar sinais de sobrevalorização, como é o caso da capital Lisboa, onde a subida dos preços tem sido particularmente acentuada devido ao boom do Turismo (Lisboa é a capital europeia com maior número de apartamentos de Airbnb por habitante) e da procura por parte de estrangeiros (condições fiscais atractivas). Esta dependência de variáveis externas torna os preços em Lisboa mais vulneráveis a possíveis correcções. Não obstante, destacamos pela positiva o facto de os preços das casas em Lisboa ainda serem substancialmente inferiores aos das restantes capitais europeias", refere o relatório.

Quanto ao sector da construção, o banco estima também um dinamismo perante a crescente procura por imóveis e a significativa escassez de oferta, sobretudo no segmento residencial (como referência, Portugal é o país da Zona Euro como menor rácio de novas casas por cada 1.000 habitantes: 1,20). "É, portanto, expectável que grande parte do investimento realizado em Portugal continue a ser canalizado para o sector da construção".