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Compra ainda é maioritária em relação ao arrendamento

 

Compra ainda é maioritária em relação ao arrendamento

13 de fevereiro de 2015

Apesar da crise a compra, venda ou arrendamento de casa continua para grande parte dos portugueses mesmo que seja a um ritmo mais brando. O certo é que o mercado adapta-se aos ciclos da oferta e da procura. Não é novidade o facto de a venda ter diminuído abruptamente nos últimos dois anos e que o arrendamento se perspectivasse como a salvação do imobiliário. Contudo, o mercado não acompanhou de imediato essa tendência e a procura afinal não foi a esperada e nem a rentabilidade se tornou atractiva para o proprietário.

Contudo, face às restrições bancárias para a concessão de crédito à habitação, para muitos portugueses o arrendamento tornou-se a única opção para quem pretende uma casa. E se até aqui a procura era na maioria para compra de habitação, no primeiro semestre deste ano, pelo menos em Lisboa e Porto a procura pelo arrendamento já ultrapassou a compra. Contudo, a média no país representa só 45%, de acordo com o relatório do Portal CasaYES da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal – APEMIP. Isto significa que a compra ainda é maioritária em relação ao arrendamento.

Segundo o último Market Outlook, do Gabinete de Estudos da APEMIP, em Março deste ano o peso do arrendamento na procura residencial era de 46,13%, em Maio de 43,06% e em Agosto era de 43,82%.

Se estes são os números relativos à procura de arrendamento isso não significa que a oferta seja na mesma proporção já que segundo o estudo, o peso do arrendamento na oferta residencial em Portugal era de 7,26% em Março deste ano, 7,58% em Junho e 7,55% em Agosto. O que se conclui que a oferta ainda está longe da procura.

Oferta para venda de casas usadas domina

Quanto à oferta para compra, as casas usadas continuam em grande maioria com 56,43% enquanto as novas apenas representam 30,20% e em construção encontram-se apenas 5,59% das habitações.

Os T3 são as tipologias que mais se encontram disponíveis no mercado com 31,95% e o T2 representa 41,38% da oferta.

Relativamente aos valores praticados para a venda, os T5 atingem uma média de 140.000 euros, os T4 de 117.000 euros, o T3 com 75.000 euros, o T2 com 59.800 euros e o T1 de 48.000 euros.

Segundo o estudo é no intervalo entre os 75.000 e os 125.000 euros que mais casas se encontram para venda com 28,98%, seguido dos valores que vão dos 125.000 até aos 175.000 euros com 20,19% da oferta.

Quanto aos valores para arrendamento vão desde os 240 aos 650 euros para os valores mínimos e os 800 e 4.500 euros para os máximos.