
Bancos concedem mais empréstimos para habitação
Ao longo deste ano regista-se um aumento na concessão de crédito à habitação por parte das instituições bancárias. Se em Fevereiro os bancos concederam 132 milhões de euros para crédito, em Abril já foi de 165 milhões e em Julho passou para os 185 milhões de euros.
Longe dos anos em que eram concedidos 1.200 e 1.800 milhões de euros para a compra de casa, como aconteceu entre 2003 e 2007, mas de qualquer forma verifica-se um ligeiro dinamismo nos créditos concedidos.
Quanto ao valor médio para os empréstimos também se tem verificado um ligeiro aumento. Em Março foi de 70.489 euros, em Junho de 73.230 euros e em Julho alcançou 76.442 euros.
Apesar da compra de casa deixar de ser opção nos últimos anos para muitos portugueses, isso não significa que não seja esse o seu desejo. Quando surge a oportunidade o sonho concretiza-se e pelos dados verificados no Market Outlook, do Gabinete de Estudos da APEMIP- Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, o crédito à habitação ainda é acessível a muitos portugueses e está a aumentar a concessão por parte dos bancos, não só ao longo de 2013 como em relação ao ano passado.
Também neste ano a taxa Euribor a seis meses tem-se mantido estável apresentando apenas uma ligeira subida. Em Abril era de 0,32%, em Maio desceu para 0,30%, em Junho voltou aos 0,32% e desde Julho até Setembro ficou nos 0,34%, em Outubro manteve o mesmo valor.
A taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE) também tem sido estável durante quase todo o ano com uma média na ordem dos 0,50%.
Quanto à taxa de juro dos empréstimos concedidos também não têm sofrido grandes alterações em 2013, em Fevereiro a TANB era de 3,30%, em Maio 3,22% e em Julho de 3,20%. Relativamente à TAEG em Fevereiro era de 4,27%, em Maio de 4,25% e em Julho 4,16%.
Já o spred médio aplicado aos novos créditos à habitação esteve na ordem dos 2,94% (mínimo) e 3,91% (máximo) em Fevereiro, em Maio em 2,92% (mínimo) e 3,95% (máximo) em Maio e em Julho foi de 2,86% (mínimo) e 3,82% (máximo).
Relativamente à prestação média para estes novos contratos verificou-se uma ligeira subida, em Março era de 294 euros, em Junho 296 euros e em Agosto 318 euros.
No que diz respeito ao valor médio de avaliação média bancária ao metro quadrado no sector residencial foi de 981 euros/m2 em Março, 996 euros/m2 em Maio, de 1.014 euros/m2 em Junho e Julho e 1.013 euros/m2 em Agosto.
Por regiões, Lisboa, o Algarve e a Madeira foi onde se registaram os valores mais altos de avaliação bancária.