Barcelona inaugura hoje conclusão de duas torres da Basílica da Sagrada Família

A Basílica da Sagrada Família, símbolo icónico da cidade de Barcelona e da alma catalã, começou a ser construída há 140 anos e ainda está longe de estar concluída.

A complexidade do projecto traçado pelo genial arquitecto Antonio Gaudi explica em grande parte este longo período de construção. Outra das razões foi o facto de Gaudí ter falecido em 1926, deixando inacabado o projecto em que trabalhou nos últimos anos de sua vida e que só se está tornando realidade, pouco a pouco, graças ao trabalho de outros artistas e ao dinheiro obtido a partir das doações e visitas.

Pormenor do interior da basílica - Foto Jagoankita - wikinedia

Com a inauguração hoje das duas torres, o projecto de Gaudí passa a ter construídas 10 das 18 torres desenhadas pelo seu autor. O arquitecto decidiu que doze delas seriam dedicadas aos Apóstolos (é o caso das duas hoje concluídas), quatro aos Evangelistas, uma à Virgem Maria e outra a Jesus. Cada uma delas dotada de diferente altura em função da hierarquia religiosa que representam. As próximas torres que se prevê sejam concluídam são as de Mateus e João, inauguradas, possivelmente, no final de 2023.

Também em execução está o terceiro conjunto mais alto, as torres de Maria e de Jesus. Esta, a mais alta, e que ganha já forma, mas que só deverá estar pronta para a inauguração, em 2026. Será o ponto culminante de um complexo arquitectónico que atingirá no seu cume aos 172 metros de altura.

Segundo referia o jornal El País há cerca de um ano, as obras que faltam concluir para que se considere a Basília terminada envolem ainda um orçamento avaliado em 374 milhões de euros.

Fala-se muito das torres, até porque são visíveis a muitas centenas de metros de distância, marcando o horizonte da cidade Condal, mas menos, muito menos do interior da Basílica.  Para desenhar o interior da Sagrada Família, Gaudí inspirou-se nas formas da natureza, que marcam profundamente toda a sua obra, criando colunas com forma de tronco de árvore que transformam o interior do templo num enorme bosque de pedra.