Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte atribuído ao arquitecto Bartolomeu Costa Cabral
O arquitecto Bartolomeu Costa Cabral e o artista plástico Silvestre Pestana foram distinguidos com os prémios da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), atribuídos em conjunto com o Ministério da Cultura.
Os prémios são uma iniciativa da secção portuguesa da AICA, em parceria com o Ministério da Cultura e com o apoio Millenium bcp, e distinguem duas personalidades nas áreas da Arquitectura e Artes Visuais e que se tenham destacado no ano anterior, neste caso, 2019.
O júri do prémio - que tem um valor monetário de dez mil euros - foi presidido por Ana Tostões e composto por Sandra Vieira Jürgens, Nuno Faria, Rui Mendes e Pedro Baía.
Segundo comunicado da AICA, o prémio de Arquitectura foi atribuído a Bartolomeu Costa Cabral por uma “obra fortemente marcada por uma atitude ética e por uma postura contracorrente baseada no trabalho sobre uma materialidade simultaneamente disciplinar e poética”.
Bartolomeu Costa Cabral, 90 anos, teve uma exposição retrospectiva e biográfica, intitulada "A Ética das Coisas", patente no Convento de Cristo, em Tomar, numa área residencial onde viveu o avô do arquitecto, antes de ser adquirida pelo Estado em 1939. A exposição que poderá ser vista de 23 de Janeiro a 12 de Março de 2020, no espaço do Círculo da Arquitectura do concelho de oeiras, localizado no edifício da Rua Sacadura Cabral nº 61, no Dafundo.
Fez a sua formação na Escola de Belas Artes de Lisboa e iniciou actividade na década de 1950 no atelier de Nuno Teotónio Pereira, onde trabalhou no projecto do Bloco das Águas Livres, em Lisboa. Mais tarde ficou responsável por vários projectos de habitação económica e pelo edifício da Universidade da Beira Interior, na Covilhã.
Desde 1981, primeiro ano de atribuição destes prémios, foram distinguidos, entre outros, Costa Pinheiro, Júlio Resende, Álvaro Lapa, Jorge Martins, Nikias Skapinakis, Ana Vieira, Helena Almeida, Daniel Blaufuks, Álvaro Siza, Raul Hestnes Ferreira, Nuno Teotónio Pereira, Manuel Vicente, Gonçalo Byrne e Eduardo Souto Moura.
