Sede da EDP e Centro de Artes Contemporâneas da Ribeira Grande (Açores) ganham Prémio Secil de Arquitectura
O XII Prémio Secil Arquitectura foi atribuído ‘ex aequo' à Sede Corporativa da EDP, em Lisboa, e ao Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande, Açores, segundo um comunicado divulgado pelo Grupo Secil.
O júri do concurso, presidido por José Neves, vencedor da anterior edição do prémio pela obra de reabilitação e ampliação da Escola Básica Francisco de Arruda, em Lisboa, deliberou pela primeira vez atribuir o prémio ‘ex aequo’ a dois espaços, seleccionados entre um conjunto de 12 obras finalistas de “arquitectura de qualidade exemplar”, distinguindo os cinco arquitectos responsáveis pelos dois projectos, refere o comunicado da Secil.
Manuel Aires Mateus e Francisco Aires Mateus, autores do projecto de arquitectura da sede da EDP, e Francisco Vieira de Campos, Cristina Guedes (Menos é Mais Arquitectos) e João Mendes Ribeiro, autores do projecto Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, são os cinco arquitectos galardoados com o Prémio Secil Arquitectura.
Este prémio, “reconhecido como uma referência da arquitectura portuguesa”, é atribuído desde 1992 pela empresa cimenteira e visa distinguir "a excelência na arquitectura nacional".
"Espaços de vida colectiva surpreendentes...”
"A arquitectura de cada uma destas obras responde notavelmente às suas próprias circunstâncias, ambas prestando grande atenção ao contexto e salvando ou refazendo o que nele de melhor encontraram: a ruína de uma antiga fábrica de álcool, no caso do Arquipélago, e a memória dos boqueirões e a relação transversal entre a cidade e o rio, no caso da EDP", assinala um comunicado do júri do concurso.
O documento salienta que as duas obras fazem com que "programas intrincados e sistemas estruturais sofisticados ou processos de construção e reabilitação complexos pareçam simples".
O júri do concurso adianta que as duas obras "levaram longe as possibilidades construtivas, estruturais e formais do betão: o betão branco pré-fabricado, no caso da EDP, e o betão negro de lava executado ‘in situ’, no caso do Arquipélago", além de que oferecem "espaços de vida colectiva surpreendentes, em continuidade com os tecidos em que se inserem, sem deixarem de os transformar positiva e profundamente".
Integraram também o júri do XII Prémio Secil Arquitectura João Carlos dos Santos (Ministério da Cultura), Ricardo Carvalho (Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Críticos de Arte), João Rodeia (designado pela Secil) e Manuel Correia Fernandes (designado pela Ordem dos Arquitectos).