Fundação Norman Foster abre em Madrid
Sir Norman Foster é um nome que não necessita apresentações na arquitectura. Os prédios icónicos que projectou e continua a projectar por todo o mundo, catapultaram o seu nome à escala mundial.
Hoje, com 82 anos de idade, procura fomentar “o pensamento e a investigação interdisciplinar para ajudar as novas gereações de arquitectos, desenhadores e urbanistas a anticiparem-se ao futuro”. É esse o ‘espírito de missão’ da Fundação que leva o seu nome e que foi inaugurada no passado dia 1 de Junho na capital de Espanha, ocupando um belíssimo palacete histórico da rua Monte Esquinza.
A Fundação acolhe o arquivo do arquitecto inglês - que inclui mais de 74.000 documentos, entre desenhos, plantas, maquetes, material fotográfico, cadernos de desenho e objectos pessoais - e a Biblioteca Norman Foster, um enorme e riquíssimo espólio que oferece uma visão da história da envolvente construída através da obra de Norman Foster. A instituição não pretende, porém, cingir-se às paredes da sua sede, dispondo-se a promover actividade um pouco por todo o mundo. E anuncia já iniciativas, projectos e publicações em colaboração com uma série de instituições como o MIT, o Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique ou a própria Universidade Politécnica de Madrid.
Por múltiplas e variadas razões as relações de Norman Foster com a cidade de Lisboa por várias se estabeleceram mas, infelizmente, aquilo que deveriam ter sido as obras projectadas nunca passaram do papel. Foi assim no Parque Mayer e no aterro da Boavista, à 24 de Julho, onde o projecto datado de 2004 e que previa uma estreita e belíssima torre ficou no esquecimento. Mas essa é a vida de um arquitecto, por mais famoso que seja. As gavetas dos ateliers estão cheias de projectos que nunca foram construídos.