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Até Abril o cluster do mobiliário gerou 602 milhões de euros em vendas ao exterior

28 de junho de 2021

Entre os meses de Janeiro e Abril de 2021, as empresas do cluster do mobiliário e afins geraram 602 milhões de euros em vendas ao exterior, superando, por larga margem, os valores registados em igual período no ano transato (465 milhões de euros), fortemente condicionado pela pandemia. O resultado confirma as perspetivas de retoma do crescimento que a fileira vinha a registar na última década, antes dos impactos da Covid-19, com uma diferença negativa de apenas 3% face ao primeiro quadrimestre de 2019.

De acordo com a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins - APIMA, dos cinco principais mercados destes sectores, apenas o Reino Unido regista uma tendência de evolução negativa. França, responsável por 34% do total de exportações nacionais, importou mais 48% face a igual período em 2020, com Espanha (quota de 26%) a subir 29% o volume de compras de mobiliário a Portugal. O mercado alemão manteve-se como o terceiro mais relevante, com uma variação ténue de 1%, ao passo que os Estados Unidos da América conservam a tendência de crescimento do interesse nos produtos nacionais, com um aumento superior a 20% e um total de 30 milhões de euros gerados em compras ao nosso país.

Joaquim Carneiro, presidente da APIMA, demonstra-se “satisfeito com os resultados alcançados, numa conjuntura particularmente desafiante e marcada por uma grande imprevisibilidade. Não podemos, contudo, acreditar que as adversidades terminaram. Os primeiros meses de 2021 demonstram que há um conjunto de consequências da pandemia, como a escassez e subida vertiginosa dos custos das matérias-primas, bem como dos transportes e fretes marítimos, que continuaram a prejudicar e a condicionar seriamente a atividade económica deste cluster”.

Tal como as exportações, o valor das importações da fileira também cresceu face a 2020, embora a um ritmo menos significativo (10%). Assim, a balança comercial destes setores, historicamente superavitária, regista um dos saldos mais positivos de sempre, com um valor de 293 milhões de euros e uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 195%.