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77% dos portugueses concorda que a casa foi o seu refúgio durante a pandemia

7 de janeiro de 2021

Como é a vida em casa durante uma pandemia? Esta foi a questão que inspirou o lançamento de uma nova edição do estudo "A vida em casa" da IKEA com o objetivo de estudar a relação das pessoas com as suas casas durante o contexto de pandemia que vivemos.

Num questionário lançado em 37 países, com a participação de 39.210 pessoas e a opinião de diversos especialistas, existe uma conclusão comum: a de que a casa ganhou uma maior relevância na vida das pessoas. Quando comparado com os dados entre países, percebe-se que os portugueses foram ligeiramente menos ativos nas mudanças em casa: 1 em cada três pessoas fez alterações nas suas casas, enquanto globalmente, dois em cada cinco pessoas dedicaram tempo a esta renovação. Através de outro inquérito aos clientes IKEA, é possível perceber que os portugueses apresentam escalões de rendimento inferiores e apresentam maior impacto financeiro devido à pandemia face à média global.

Também na vontade de mudar para uma casa mais confortável, mesmo que isso signifique viver mais longe do trabalho, 58% dos portugueses revela que considerariam fazer essa mudança caso tivessem hipótese, contrastando com os 47% revelados a nível global.

José Rodrigues, Consumer & Customer Insights Manager da IKEA Portugal, revela que "para muitas pessoas, a casa era o refúgio do trabalho e do mundo exterior. A pandemia veio inverter esta sensação, levando a maioria das pessoas a reorganizar os seus espaços, mas também as actividades que faziam em casa. Este estudo IKEA permite-nos perceber que o tempo em família aumentou, houve muitas pessoas a dedicar mais tempo a actividades de lazer, para os quais antes não tinham disponibilidade, e o mais interessante é perceber que a intenção de muitas dessas pessoas é que continuar a pôr em prática essas actividades e não perder hábitos que ganharam durante o confinamento. Por outro lado, é interessante perceber como a democratização no acesso a produtos funcionais, bonitos e sustentáveis para a casa é ainda mais relevante em Portugal, onde os rendimentos são mais baixos, mas a necessidade de renovar e adaptar a casa é igualmente grande".

Algumas das conclusões deste estudo relativas aos hábitos dos portugueses em casa, foram as seguintes:

- 54% dos portugueses gostaram de passar mais tempo com a família e 41% quer continuar a fazê-lo no futuro;

- 48% dos portugueses gostaram de ter mais tempo para si e 28% quer continuar no futuro com este hábito;

- 21% gostaram de jardinar mais e 22% quer continuar a fazê-lo no futuro

Por outro lado, o espaço, ou a falta dele, foi outro dos focos da IKEA neste estudo. Com famílias inteiras fechadas em casa, que se transformaram em escritórios, escolas, creches e recreios, as divisões começaram a parecer mais pequenas e a valorização dos jardins/ar livre também cresceu:

- 32% dos portugueses gostaria de ter um espaço para praticar hobbies;

- 46% dos portugueses gostariam de ter um jardim privado ou um espaço ao ar livre;

- 31% dos portugueses gostariam de ter um espaço próprio de estudo/ trabalho em casa.

O estudo "A vida em casa" da IKEA permite compreender como o paradigma das casas mudou em tão pouco tempo, e os dados levam-nos a concluir que a maioria das pessoas aproveitou este tempo em casa, não só para recuperar velhos hábitos, como para iniciar novas actividades de lazer, mas também para remodelar os seus lares de forma a poderem viver este espaço ao máximo e da melhor forma possível.