

“Aires Mateus: Matéria em Avesso” dá início ao Arquitecturas
É já na amanhã no Cinema São Jorge que arranca o primeiro momento da 6ª edição do Arquitecturas. A mostra internacional de filmes - documentais, experimentais e ficção - abre o Call for Entries da edição de 2018 com a exibição do documentário “Aires Mateus: Matéria em Avesso” (65 min, 2017).
O filme de Henrique Pina dedicado à obra do reconhecido atelier partiu de um trabalho de investigação dos arquitectos Maria João Soares, Susana Tavares dos Santos e João Miguel Couto Duarte. A adaptação ao grande ecrã centrou-se em oito projectos do atelier e nas ligações que estes estabelecem com o território português e com o corpo humano. Através da dança e do movimento da coreógrafa e bailarina contemporânea Teresa Alves da Silva, e da música original composta por Noiserv, descobre-se o trabalho do multigalardoado atelier que só no último mês recebeu um Prémio Valmor e um dos seus mentores o Prémio Pessoa 2017. “O Cinema e a Arquitectura eram dois universos que nunca tinha planeado juntar até as obras dos Aires Mateus se atravessarem no meu caminho. Há um lado muito inspirador e cinematográfico naquilo que eles criam, o que deu lugar a uma procura pelo movimento, pela vida e por uma reacção emocional que, à partida, reside num espaço ininteligível.” comenta o realizador, Henrique Pina Depois da estreia mundial no Architecture and Design Film Festival, em Nova Iorque, esta longa metragem é agora apresentada em Lisboa no âmbito da abertura das candidaturas de filmes para a edição de 2018 do Arquitecturas. A sessão é conduzida por Sofia Mourato, directora do festival, contando ainda com a presença do realizador, Henrique Pina, dos arquitectos Francisco e Manuel Aires Mateus, dos produtores Maria João Soares, Susana Tavares dos Santos e João Miguel Couto Duarte, e da bailarina Teresa Alves da Silva.
"No Arquitecturas 2018 voltamos a dar ênfase ao slogan que nos acompanha desde o início - não há cinema sem arquitectura, dando este ano destaque ao papel da ficção na produção de espaços na memória colectiva das cidades e indivíduos. Questionando por exemplo se as ficções criadas tanto pelo cinema analógico e digital como pela explosão de apps, funções GPS, etc. sublinham a necessidade de recorrer a visões e narrativas ilusórias para preencher o vazio criado por estas mesmas tecnologias.” refere a directora do Festival Sofia Mourato. Com organização conjunta da Trienal de Lisboa e DYMA, a 6ª edição do Festival Internacional de Cinema Arquitecturas está marcada de 6 a 10 de Junho de 2018 (Fórum Lisboa e Cinema City Alvalade) contando com a parceria da Câmara Municipal de Lisboa e da Embaixada do Chile.