









V.F. de Xira: Parque Linear Ribeirinho ganha prémio WAN 2016
Também a arquitectura paisagista portuguesa marca pontos no panorama internacional. O Parque Linear Ribeirinho, um projecto da autoria do atelier Topiaris, localizado na Póvoa de Santa Iria, encomendado pela autarquia de Vila Franca de Xira, venceu o prémio internacional “WAN Landscape Award 2016”. É a primeira vez que um atelier nacional vence este prestigiado prémio de Paisagismo.
O “World Architecture News WAN Awards” é um programa internacional de prémios de arquitectura que ganhou uma notável importância mundial. Um total de 22 categorias é representado ao longo do ano, e os projectos apresentados a cada uma das categorias são apreciados e votados por um extenso painel de grandes especialistas internacionais.
O projecto do atelier Topiaris obteve a decisão unânime do júri. O Parque Linear Ribeirinho concorria directamente com outros cinco projectos finalistas, de um total de 45 projectos selecionados.
O parque tem cerca de 15 hectares e foi instalado em antigos terrenos industriais que outrora constituíam uma barreira ao contacto das zonas ribeirinhas por parte das populações.
O Parque combina duas tipologias diferentes de espaços: uma área multifuncional denominada 'Praia dos Pescadores", na beira do rio Tejo, e 6 km de percursos pedestres que convergem para a Praia dos Pescadores, provenientes de áreas urbanas e zonas de protecção natural. A conexão entre a 'praia e as áreas naturais é feita através de um passadiço de madeira de 700m de comprimento, através do qual é possível alcançar um observatório de aves.
O objetivo da Topiaris foi “repensar um espaço público urbano localizado num inesperado complexo universo, quase improvável, de paisagem urbana, industrial, agrícola e natural. Com o objectivo de manter a essência do espaço, a equipa projectou um espaço único, baseado em recursos naturais e culturais da paisagem, com uma infinidade de opções recreativas e de lazer, salvaguardando os sistemas naturais existentes e promovendo a regeneração ecológica das áreas danificadas”.
Fotografias: João Morgado – Fotografia de Arquitectura