
Sector da Construção e Obras Públicas foi dos menos atingidos em insolvências
O primeiro trimestre do ano termina já com indícios do impacto que a pandemia do Covid-19 terá na economia e nas empresas. As Insolvências aumentam 11,5% e constituição de novas empresas caiu 48%.
Segundo a Iberinform, da Crédito y Caución,apenas três sectores apresentam decréscimo neste período: Telecomunicações (50%), Construções e Obras Públicas (11%) e Comércio de Veículos (4,4%).
Os sectores com os maiores aumentos nas insolvências foram a Electricidade, Gás, Água (200%), Indústria Extractiva (100%), Agricultura, Caça e Pesca (63,2%), Hotelaria e Restauração (23,2%), Outros Serviços (23,2%), Comércio a Retalho (20,1%), Comércio por Grosso (14%), Indústria Transformadora (9,7%) e Transportes (1,5%).
Até final de Março, as declarações de insolvências requeridas aumentaram 5,1% face a 2019, enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas evoluíram de 274 para um total de 359, o que traduz um acréscimo de 31%. Os encerramentos com plano de insolvência aumentaram 54,5% face ao ano passado evoluindo de 11 para 17. O total de novas acções face ao ano transacto traduz o incremente trimestral registado.
Lisboa e o Porto são os distritos que apresentam o valor de insolvências mais elevados: 294 e 357 respectivamente. Face a 2019, verifica-se um aumento de 7,7% em Lisboa e de 7,9% no Porto.
Quanto às constituições de empresas no mês de Março passaram de 4.457 em 2019 para 2.319 em 2020, menos 2.138 empresas em termos homólogos (decréscimo de 48%). Em termos acumulados verifica-se uma diminuição face a 2018 (11,4%) e 2019 (25,7%). No primeiro trimestre deste ano foram constituídas 11.898 empresas, menos 4.118 que em 2019.
Excepto o sector de Electricidade, Gás e Água, que viu o número de constituições aumentar 18,5%, todos os restantes registam decréscimo, sendo os mais significativos os que se registam na Indústria Extractiva (76,5%), Indústria Transformadora (33,7%), Comércio por Grosso (31,3%), Construções e Obras Públicas (30,4%), Comércio a Retalho (28,6%), Comércio de Veículos (27%), Telecomunicações (26,5%), Hotelaria/Restauração e Outros Serviços (ambos com um decréscimo de 25,9%) e Agricultura, Caça e Pesca (24%).
O número mais significativo de novas constituições regista-se em Lisboa com 3.925 empresas (decréscimo de 22,3%) e no Porto com 2.154 empresas (-25,9%).