
O despertar do imobiliário em Portugal
'O despertar do imobiliário em Portugal', é assim o título de um artigo do reconhecido jornal espanhol El Mundo, publicado esta semana onde revela o crescimento do mercado imobiliário português, que depois de vários anos de crise, começou a melhorar em 2013 e acelerou a recuperação em 2015, graças a taxas de juro baixas e às vendas que subiram 27%.
O artigo refere ainda que esta recuperação do mercado se deve a vários factores, entre eles os leilões públicos, a chegada de investidores estrangeiros, atraídos pela isenção de impostos e pelo estilo de vida.
O El Mundo apresenta alguns casos específicos, entre eles o de Luis Morais, de 43 anos e sua mulher Teresa, de 36 anos, vivem em Lisboa mas compraram uma casa em hasta pública em Sintra por 49 mil euros, depois da licitação ter começado em 33 mil euros. Os dois professores decidiram investir neste imóvel para o colocar no mercado de arrendamento e retirarem algum rendimento extra aos seus vencimentos. O El Mundo revela que que tal como este casal, são já muitos os portugueses que decidiram investir em imobiliário em vez de colocar as economias no banco.
Depois de vários anos de crise, o mercado imobiliário em Portugal começou a melhorar, entre 2008 e 2012 os preços da habitação em Portugal caíram 30%, mas agora, como é referido no artigo, os preços estão a subir rapidamente, graças a compradores estrangeiros, atraídos pelo estilo de vida português e isenções fiscais. "Em dois anos, os preços subiram 20% e continuam a subir, mas ainda há espaço", salienta Pascal Gonçalves, promotor imobiliário, presidente da Libertas, .
Recentemente um apartamento de 160 metros quadrados, no bairro popular de Alfama, foi vendido por 420 mil euros, o dobro do que era há dez anos. No coração da capital, no bairro do Chiado, um de 100 metros quadrados com dois quartos foi vendido por 900 mil euros, um preço muito acima de há uns anos atrás.
O El Mundo fala também da cidade do Porto, referindo que está na sua melhor forma. Nos primeiros nove meses de 2016, a actividade das agências imobiliárias Century 21 subiu 36%. Ricardo Sousa, CEO da Century 21Ibérica, prevê que "os preços em Lisboa vão estabilizar porque estão desfasados em relação às possibilidades da maioria dos portugueses. Também segundo o Ministro da Economia português, Manuel Caldeira Cabral, não há risco de bolha imobiliária . "Os preços subiram em Lisboa, mas ainda estão muito mais baixos do que em Paris ou Londres", referiu o político português.
Apesar do aumento dos preços, Portugal continua a atrair estrangeiros, como o francês, que ocupa o primeiro lugar entre os investidores estrangeiros, com 27% das compras, longe dos britânicos, com 18%. Portugal também lançou a isenção fiscal por dez anos das pensões dos aposentados europeus que decidem comprar no país e que continuam a viver pelo menos seis meses por ano.












