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Mercado de escritórios arranca em 2022 com resultados positivos e novas tendências

21 de abril de 2022

Neste período pós-pandemia, em que se acentua a propensão para o regresso aos escritórios e ao trabalho presencial, as empresas retomaram a sua procura por novos espaços, adequados à nova realidade e com melhores localizações.

De acordo com o último relatório da consultora Worx, O primeiro trimestre de 2022 foi marcado por um crescimento significativo da absorção de espaços de escritórios em Lisboa. Seguindo a tendência do último trimestre de 2021, o mercado continuou dinâmico, mostrando a sua recuperação e resiliência: o número de operações fechadas mais do que duplicou, comparamos com o período homólogo em 2021. Relativamente ao total de área ocupada em Lisboa, mesmo excluindo a ocupação de 28.000 m2 da Fidelidade na sua futura sede em Entrecampos, continuamos a registar um crescimento de 24%.

Uma das tendências apontadas para o futuro é a inclusão de uma análise de localização, no processo de selecção de novos escritórios. Desta forma, consegue-se uma maior eficiência e aumento da qualidade de vida dos colaboradores, ao reduzir o tempo de viagem casa-trabalho, ao mesmo tempo que se consegue reduzir os impactos ambientais das organizações, cada vez mais tidos em conta na análise das emissões indirectas da pegada ambiental das empresas.

64 mil m2 absorvidos pelo mercado no primeiro trimestre

A Worx Real Estate Consultants confirma este balanço muito positivo do primeiro trimestre sendo disso sinal os 64 mil m2 absorvidos pelo mercado. A consultora refere que as zonas com maior procura neste período foram as zonas Prime CBD e Parque das Nações, que contaram com 28% e 23% da absorção total, respectivamente. As empresas de flexoffices ganharam grande destaque no Prime CBD e CBD, nomeadamente com a IDEA Spaces e a WeWork a ocuparem 9.800 m2 , na Av. António Augusto de Aguiar e na Av. Alexandre Herculano, respectivamente. Estas operações reflectem também uma nova tendência pós-pandemia, com uma procura crescente das empresas por este tipo de espaços de escritórios flexíveis, em que uma localização central é altamente privilegiada.

Destaque também para a zona do Parque das Nações que, graças à crescente oferta de edifícios novos a surgir, tem mantido o seu posicionamento como uma localização preferencial para as empresas do sector tecnológico, que se revêm na modernidade desta zona.

Bernardo Zammit e Vasconcelos, Head of Agency da Worx Real Estate Consultants, comenta que “é com grande entusiasmo que vemos o mercado a recuperar novamente, e a voltar aos valores pré-pandemia. O facto de, excluindo a operação da Fidelidade, termos estado presentes em 50% das operações do mercado em Lisboa, e em todas representando edifícios dos quais a Worx tem a instrução de co-exclusividade, é também um reflexo do nosso trabalho de equipa e do nosso crescente posicionamento no mercado de escritórios em Lisboa.”

Perante este arranque de ano tão positivo, as perspectivas de evolução do mercado continuam optimistas, face ao crescente número de empresas a quererem instalar-se em Lisboa, pela sua localização estratégica, boas infraestruturas e pelo ambiente calmo e seguro do país (factor tão relevante no actual contexto que a Europa atravessa). “Não temos dúvidas de que o mercado vai continuar a crescer, dado que as empresas continuam a investir na melhoria das suas instalações e a apostar em boas localizações, como forma de atrair os seus colaboradores para um regresso ao escritório, no pós-pandemia”, conclui Bernardo Zammit e Vasconcelos.