Milão: procura de imóveis residenciais aumenta
Os preços na cidade italiana de Milão, atingem os 15.000 euros por metro quadrado em imóveis novos influenciados pela procura crescente de investidores estrangeiros.
Após a hesitação dos compradores, verificada nos últimos anos devido à recessão económica, o número de transacções no primeiro trimestre de 2017 aumentou 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Um dos principais factores que contribuíram para este crescimento foi a EXPO Milão, realizada em 2015, que chamou a atenção dos muitos visitantes para o mercado imobiliário daquela cidade. "Tendo em conta a atractividade dos imóveis disponíveis para venda, este é o momento certo para investir no mercado residencial milanês", afirma Roberto Magaglio, Managing Partner da Engel & Völkers em Milão.
Centro Histórico e zona ocidental são os mais procurados
Na capital italiana da moda e do design, o interesse dos compradores foca-se especialmente nos grandes e luxuosos apartamentos disponíveis para venda. Os preços dependem de critérios como a localização e o edifício. Comodidades como varandas, terraços e lugares de garagem também são fatores importantes. Empreendimentos de construção recente, muito bem localizados, atingiram já este ano preços entre os 10.000 e os 11.000 euros por metro quadrado. Propriedades especialmente exclusivas, já alcançaram preços de venda até 15.000 euros por metro quadrado. Um dos locais privilegiados da cidade é o bairro dos artistas, Brera, no Centro Histórico, cujo charme provém dos palácios históricos, galerias e mercados.
Não muito longe dali, encontra-se o Quadrilatero della Moda, com as suas conceituadas boutiques de luxo, joalharias e lojas de decoração de interior. San Babila, perto da famosa Catedral de Milão, é também uma das localizações mais desejáveis da cidade. Essas áreas são especialmente populares entre os compradores internacionais. Os cidadãos italianos tendem a preferir as zonas residenciais no oeste de Milão. Nessa zona, o principal foco de interesse dos compradores são os endereços nas imediações do Corso Magenta, Via Vincenzo Monti e Via Mario Pagano, perto do Parque Semplon com o famoso Arco della Pace.
Compradores nacionais dominam o mercado
O mercado imobiliário de Milão é, sobretudo, de primeira habitação. Cerca de 90% dos compradores são cidadãos italianos. Os restantes 10% são compradores internacionais provenientes de países como França, Rússia e EUA. A maior parte dos clientes tanto são compradores de primeira habitação como proprietários que procuram um imóvel maior ou – em casos isolados – uma propriedade menor. Além dos proprietários-ocupantes, também os investidores italianos e internacionais estão ativos no mercado imobiliário de Milão. Na maioria dos casos, procuram imóveis como solução de investimento de capital com o objetivo de arrendamento.
Previsão: extensão do Metro de Milão deverá impulsionar mercado residencial
A Engel & Völkers prevê que se continue a verificar um crescimento contínuo no mercado imobiliário residencial em Milão. A procura deverá aumentar ainda mais em 2018 em algumas zonas. "Nos próximos meses e anos, prevemos um aumento nas áreas próximas da linha de Metro M4, actualmente em construção", refere Roberto Magaglio. Existem ainda outras zonas que se estão a desenvolver favoravelmente, em especial as que se encontram próximo do moderno centro de negócios Porta Nuova, no norte de Milão, e perto da Fondazione Prade, não muito longe da Universidade de Economia Luigi Bocconi, no sul.