Grande Porto: número de fogos em licenciamento cresce 90%
Nos primeiros nove meses de 2017, entraram em licenciamento municipal no Grande Porto 887 projectos residenciais, contabilizando-se um total de 3.445 novos fogos. Os dados são apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito da análise e tratamento dos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE, os quais têm de, obrigatoriamente, integrar os processos de licenciamento municipal de obras.
+46% de obras em carteira que em 2016
O número de projectos cresceu 46% face às 606 obras em carteira contabilizadas nos primeiros nove meses de 2016, enquanto o número de fogos aumentou cerca de 90% no mesmo período. Quase dois terços (64%) destes projectos eram referentes a construção novas, sendo os restantes relativos a obras de reabilitação.
Relativamente ao tipo de habitação, os edifícios de apartamentos concentram cerca de um quarto dos projectos que entraram em licenciamento entre Janeiro e Setembro, num total de 230 projectos, quase duplicando (aumento de 80%) face ao mesmo período de 2016. Já em número de fogos, este tipo de edificação é claramente dominante, compreendendo 80% do total das 3.445 unidades em licenciamento no Grande Porto.
Matosinhos e Gaia lideram
A tendência de crescimento do investimento em novos projectos fez-se sentir, de forma transversal, em todos os concelhos do Grande Porto. Destacam-se Matosinhos e Gaia, onde o potencial de investimento quase duplicou no primeiro caso e acelerou cerca de 66% no segundo.
Também com subidas significativas – entre 34% e 49% - estão os concelhos do Porto, Póvoa do Varzim, Gondomar e Maia. Em termos de distribuição desta oferta, Porto e Gaia concentram o maior volume de projectos em carteira (respectivamente 275 e 173).
Na restante zona litoral do Grande Porto, o volume de obras totaliza os 254 projectos, sobressaindo Matosinhos (99) e Póvoa do Varzim (79). Os concelhos da coroa interior do Grande Porto agrupam 185 projectos habitacionais, com Gondomar a concentrar cerca de metade deste volume e Maia e Valongo com um quarto do total cada.
À excepção do Porto (onde a reabilitação domina o investimento, concentrando 71% dos projectos em licenciamento), em todos os concelhos da região é a construção nova que domina, exibindo quotas superiores a 70% em todos os casos.
