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Escritórios

 

Ocupação de escritórios em Lisboa caiu 3% em Junho

15 de julho de 2020

No mês de Junho, o mercado de escritórios de Lisboa registou um volume total de absorção de 5.114m2, observando uma descida face ao mês de Maio de aproximadamente 3%.

De acordo com o relatório da consultora Savills, comparativamente ao 1º trimestre 2020, os meses de Abril, Maio e Junho registaram uma descida total aproximada na ordem dos 9%, com as zonas CBD, Parque das Nações e Corredor Oeste a verificarem as maiores quebras de actividade.

Numa análise semestral, o mercado de escritórios de Lisboa verificou uma quebra de 24% no seu volume de absorção comparativamente ao período homólogo do ano 2019.

Rodrigo Canas, AssociateDiretor do Departamento de Escritórios da Savills Portugal explica que "o mês de junho encerra o segundo trimestre do ano de forma expectável, perante o contexto pandémico que ainda estamos a viver. A descida no volume de ocupação é reveladora de uma atitude mais cautelosa e de uma visão para os próximos meses assente num elevado grau de incerteza. Embora o segundo semestre possa verificar uma retoma da actividade um pouco mais expressiva, à medida que as empresas vão gradualmente recuperando os seus níveis de atividade, o ano 2020 ficará marcado por um valor de ocupação total abaixo dos valores verificados nos últimos dois anos”.

A consultora indica que se até ao mês de Abril, o fecho das operações deve ser analisado fora do contexto de pandemia, dado tratarem-se de negociações que já estavam a decorrer na fase Pré-Covid, a partir do mês de Maio são nítidos os efeitos do confinamento na performance do mercado de escritórios, sendo expectável que a retoma gradual possa ser só observada nos últimos meses do ano.

Quanto ao número de operações verificadas, o 2º trimestre observou uma descida de 30% comparativamente ao 1º trimestre, contabilizando um total de 23 operações. Numa análise semestral, essa quebra ascende aos 42%, com a generalidade das zonas de mercado a registaram decréscimos entre os 20% e os 50%.

A Zona Prime CBD registou o maior volume de absorção do 2º trimestre somando um total de 18.805 m2, dos quais 16.441 m2 dizem respeito à ocupação do Edifício Monumental pelo BPI.

O sector de atividade dedicado a Serviços Financeiros foi o que mais contribuiu para o fecho das operações com maior volume de área contratado, alcançando um total de 27.538 m2 no 2º trimestre de 2020 e somando um total de 34.899 m2no final do 1º semestre de 2020, o que o coloca no primeiro lugar do top dos sectores mais dinâmicos.

A mudança de edifício continua a ser o maior motivo de procura de escritórios no mercado de Lisboa, com um peso de 74% no volume de absorção total do 1º semestre de 2020.