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Escritórios com a maior taxa de ocupação desde 2009

15 de janeiro de 2018

No ano de 2017 o volume total de take up foi de 165 152 m2, o que representa um aumento de 15% comparativamente ao ano de 2016. 

Segundo os dados revelados hoje pela consultora imobiliária Worx, a zona que se apresentou mais dinâmica foi a zona 6 (Eixo da A5) com 41 886 m2 colocados. Esta zona representou 25% do volume total do take up, seguida da zona 4 (Eixo da Av. Infante Santo e Av. 24 de Julho) com 36 033 m2 e da zona 1 (Prime CBD) com 35 063 m2.

De acordo com o departamento de research da consultora, a taxa de desocupação manteve a sua trajectória descendente ao longo do ano, situando-se no final de 2017 nos 8%, valor mais baixo desde o ano 2009. Com um nível de procura muito dinâmico e que ultrapassou largamente o valor de absorção médio observado nos últimos 8 anos (112 946 m2), o Mercado de Escritórios de Lisboa reflecte a escassez de entrada de oferta nova.

Da análise efetuada pela Worx, a zona 5 (Parque das Nações) é neste momento a zona com a taxa de desocupação mais baixa, a situar-se nos 2,8%, correspondentes a apenas 10 210 m2 de oferta disponível.

A consultora destaca também a zona 1 e 2 (Prime CBD e CBD) e a mudança da empresa Ideia Hub no Palácio Sottomayor, com uma área de 1600m2, representando um negócio alternativo e inovador, que será uma tendência neste ano de 2018, com projectos de co-work a surgirem, bem como residências seniores e de estudantes.

Esta necessidade urgente de entrada de oferta nova, permite antever uma das tendências de desenvolvimento para o ano 2018, em que a promoção de oferta de escritórios constitui uma oportunidade de investimento muito interessante para os players internacionais e nacionais.

Ao longo de todo o ano de 2017, a taxa de vacancy rate manteve-se sob pressão, na casa dos 9% e não se prevendo uma estabilização ou subida da mesma, perante um cenário de oferta nova muito escassa em desequilíbrio com os níveis de procura que o mercado tem registado. Já a prime rent fechou o ano nos 19,50€/m2/mês, segundo divulgação da Worx.

Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx, salienta que "para o ano 2018 prevê-se ainda um cenário semelhante ao de 2016 e 2017, com uma escassez de oferta nova, que pode condicionar o número de transacções, mas com os valores de yield a entrarem em terreno estável. Efectivamente existe pouca oferta para ocupação imediata, para empresas que procurem grandes áreas. O corredor Oeste, com 36 000 m2 ocupados até ao final de novembro de 2017, registou a melhor performance dos últimos 7 anos, revelando ter sido o destino de eleição para empresas com requisitos de áreas médias maiores e bons acessos à capital".