Eixo Martim Moniz, Rua da Palma e Intendente será a “next big thing” de Lisboa
Eixo Martim Moniz, Rua da Palma e Intendente com potencial para bairro multicultural, segundo o “City Thinkers” da Cushman & Wakefield (C&W). A zona mais atractiva em Lisboa para o retalho, residencial, hotelaria, escritórios e diversos serviços públicos.
A Avenida Almirante Reis, em particular a secção delimitada pela Praça do Martim Moniz, Rua da Palma e Intendente, é um excelente exemplo da miscigenação cultural e comercial que a cidade tem experienciado ao longo dos séculos, conferindo-lhe a reconhecida natureza integrante retratada nas diferentes actividades económicas de retalho, residencial, hotelaria, escritórios e diversos serviços públicos.
O estudo revela que a transformação deste eixo será a “next big thing” na cidade de Lisboa, onde a oferta de conceitos alternativos e inovadores com forte componente étnica irá caracterizar as diferentes actividades económicas, culturais e de lazer, proporcionando uma nova experiência “bairrista” e trazendo mais-valias futuras para a cidade, os seus habitantes e visitantes. Esta é uma das principais conclusões da mais recente análise “Lisboa What’s Next” do grupo de estudo “City Thinkers” da Cushman & Wakefield, que tem por objectivo pensar a cidade numa óptica de desenvolvimento sustentável a nível social, comercial e de investimento, tendo por base ocorrências actuais e tendências futuras.
O grupo de trabalho da Cushman & Wakefield revela que existe actualmente um claro movimento positivo e renovador deste eixo, bem patente na recuperação da Praça do Intendente com uma dinâmica de lazer e artística própria, nos conceitos de hotelaria não-padronizados e hostels desenvolvidos recentemente ou previstos para esta área, ou ainda na inevitável alteração do skyline, tendo em conta a eventual verticalização de projectos futuros como forma de crescimento orgânico.
Perspectiva-se também a coexistência de uma oferta de retalho tradicional e alternativo, que deverá ser ancorada em conceitos de restauração inovadores e cosmopolitas, particularmente concentrada em redor da Praça Martim Moniz, que acabará por absorver a procura local e turística, oferecendo uma nova experiência aos habitantes e visitantes de Lisboa.
De acordo com os “City Thinkers”, são vários os exemplos de sucesso de “bairros étnicos” em cidades de todo o mundo, onde o turismo desempenha um papel fundamental na atividade económica e que podem ser extrapolados para o caso português. Estes bairros apresentam-se como âncoras de atividade económica, destinos fortemente atrativos e localizações “must see” nas visitas a essas metrópoles.
Alguns dos exemplos apontados encontram-se em Singapura, São Francisco, Londres, Sydney, Nova York, Manila, Melbourne, Vancouver, Georgetown ou Lima, onde se fixaram comunidades de origem chinesa, que entretanto desenvolveram bairros inteiros em torno desta cultura, conhecidos por Chinatown’s, normalmente locais exóticos e inspiradores, culturalmente fascinantes e verdadeiras atracações turísticas de qualquer cidade cosmopolita.
“Na reflexão do nosso grupo, este é o ponto de partida de uma secção da Avenida Almirante Reis com um potencial significativo para se diferenciar e posicionar no contexto económico e social da capital como um destino consolidado por natureza e vontade própria. Este potencial de diferenciação configura-lhe uma unicidade e autenticidade genuína”, explica Ricardo Reis, partner na Cushman & Wakefield e que lidera o grupo “City Thinkers”.
“Assentamos a nossa reflexão no pressuposto de podermos potencializar positivamente esta mesma diferença. É um dos nossos objectivos criar as condições necessárias junto dos proprietários para o surgimento de projectos de qualidade, de âmbito hoteleiro e/ou de retalho, integrados entre si e com a capacidade geradora de novos mercados de consumo local e estrangeiro, em particular da população turística”, conclui Ricardo Reis.