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“Dinâmica do mercado imobiliário nestes anos mais recentes fez-se à custa do stock já existente” — diz Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX Portugal

23 de setembro de 2019

Dados agora revelados pela maior imobiliária a operar em território nacional e líder na mediação indicam que a reabilitação surgiu como uma resposta à retracção na oferta de novas construções. Segundo Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX Portugal, “a grande dinâmica do mercado imobiliário nestes anos mais recentes fez-se à custa do stock já existente, assim como da renovação do mesmo. Quer isto dizer que o aumento dos preços dos imóveis que tem sido verificado resulta de vários factores, entre os quais de uma relativa diminuição da oferta de novas habitações. Ora, se pensarmos que há também uma maior pressão do lado da procura, tudo isto conjugado não poderia resultar em outra coisa que não o aumento do preço”. Segundo aquela gestora, “A construção nova tem um papel determinante na estabilização dos preços dos imóveis, porque ao actuar no lado da oferta, contrabalança um eventual aumento da procura”, sublinha.

Nos últimos 12 meses, a RE/MAX Portugal foi responsável pela venda de 371 prédios em Portugal, correspondentes a um total de 698 transacções imobiliárias – refere a rede de mediação.

O valor médio por prédio fixou-se nos 684.014 euros e, de acordo com a empresa, grande parte destas transacções teriam como objectivo a reabilitação dos imóveis. Estes negócios significaram um volume de facturação para a rde na ordem dos 8 milhões de euros.

Dos compradores envolvidos nas transacções realizadas no último ano, 83% são nacionais, com maior incidência no distrito de Lisboa (43,2%), seguindo-se Setúbal (16,4%) e Porto com 13,2%.

Coimbra (7,5%) e Castelo Branco (4,6%) completam a lista dos distritos com maior número de vendas.