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Covid-19: APEMIP com optimismo cauteloso para reabertura de imobiliárias

 

Covid-19: APEMIP com optimismo cauteloso para reabertura de imobiliárias

1 de maio de 2020

O presidente da APEMIP, Luís Lima, mostrou-se optimista com a reabertura das imobiliárias já na segunda-feira, segundo o plano de desconfinamento do Governo para a pandemia de covid-19.

Em entrevista à Lusa, Luís Lima reconheceu que as medidas de restrição impostas no último mês e meio tiveram consequências significativas e que o sector tem de “dar o exemplo” neste primeiro passo para a retoma da normalidade.

No entanto, vincou que a menor expressão do novo coronavírus em Portugal face a outros países concorrentes ao nível de captação de investimento estrangeiro para imobiliário pode ser uma oportunidade.

“A procura está à espera. Tenho tido alguns sinais, nomeadamente, do sector financeiro ao mais alto nível, que tem demonstrado interesse, e de cidadãos estrangeiros, se correr bem esta situação de saúde. Se nos correr bem esta questão, e devido à incerteza dos países que são nossos concorrentes no imobiliário, como Itália e Espanha, vai acabar por ser positivo para a economia nacional”, afirmou.

Para o líder da APEMIP, que reiterou a defesa do investimento estrangeiro no imobiliário português, “há muita gente que olha para Portugal e vê um país não só com um clima ameno, que trata bem os estrangeiros e com boas vias de comunicação, mas também um país onde se pode confiar a nível de saúde” e que pode servir de refúgio.

Luís Lima fez também questão de diferenciar a crise económica iminente da de 2008 e, por isso, rejeitou um cenário de queda abrupta e acentuada dos preços de venda e arrendamento das casas no território nacional no pós-pandemia.

“Já havia uma desaceleração no mercado médio alto e vai haver uma quebra de preço. No mercado médio e médio-baixo tem de se ter alguma calma, e o negócio que vai crescer no período inicial é o arrendamento. Não há qualquer razão para haver uma desvalorização drástica no mercado médio e médio-baixo, porque não há excesso de oferta e não se entrou numa espiral de receio”, notou.

Sem deixar de admitir que houve imobiliárias a recorrer neste período ao ‘lay-off’ e que muitos trabalhadores se sentiram “desprotegidos”, o presidente da APEMIP observou também que o sector – que registou uma descida de 5% na venda de casas no primeiro trimestre, de acordo com projecções do Confidencial Imobiliário a partir dos dados reportados ao Sistema de Informação Residencial – vai enfrentar vários “condicionalismos” no regresso à actividade.

“A partir de segunda-feira não vai aparecer logo a procura, temos de ir à procura dela e fazer o nosso trabalho com cuidado. Há perspectivas positivas, mas há coisas que não controlamos, como a questão das viagens aéreas, os eventos e feiras, etc. Há condicionalismos que têm consequências, mas temos de nos preparar para estarmos fortes quando pudermos funcionar normalmente”, sentenciou.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 233 mil mortos e infectou mais de 3,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Cerca de 987 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.007 pessoas das 25.351 confirmadas como infectadas, e há 1.647 casos recuperados, de acordo com a Direcção-Geral da Saúde.

LUSA/DI

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