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Construção e Habitação "resilientes" em 2020 com quedas de 4%

16 de julho de 2021

Os sectores da construção e habitação revelaram resiliência em 2020,segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), com 23.068 edifícios e 33.065 fogos licenciados, a que correspondem a descidas de 4,3% e 4,1%, face a 2019.

“Em 2020, foram licenciados 23.068 edifícios e 33.065 fogos em Portugal, respectivamente -4,3% e -4,1% que em 2019 (+5,5% e +15,0%, em 2019 face a 2018, pela mesma ordem)”, revelaram os dados do INE.

A autoridade estatística estima que, em 2020, tenham sido concluídos 14.580 edifícios e 19.900 fogos, representando crescimentos de 3,8% e 18,8%, respectivamente (+3,8% e +24,4%, em 2019).

Já as transacções de habitações diminuíram 5,3% em número, pela primeira vez desde 2012, mas aumentaram 2,4% em valor.

“O sector da construção revelou alguma resiliência, registando valores médios de licenciamentos muito próximos da média dos 12 meses anteriores à pandemia, e estimando-se mesmo um aumento dos edifícios concluídos. Também o valor das transacções de habitações continuou a aumentar embora a uma taxa mais reduzida e os preços mantiveram uma tendência positive”, apontou o INE.

O emprego no sector da Construção aumentou 3,8% entre Março de 2020 e Fevereiro de 2021, e a remuneração bruta total cresceu 5,7% (+7,7% e +10,9%, no mesmo período pré-pandemia).

Já a remuneração bruta média mensal por trabalhador foi de 969 euros, correspondendo a um aumento face ao período pré-pandémico (952 euros).

 

1.188 euros/m2: preço mediano nacional

No ano passado, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.188 euros por metro quadrado (euros/m2).

O preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas regiões do Algarve (1.771 euros/m2), na Área Metropolitana de Lisboa (1.630 euros/m2), na Madeira (1.322 euros/m2) e na Área Metropolitana do Porto (1.240 euros/m2).

Por sua vez, a renda mediana dos 79.878 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 5,61 euros/m2, o que representa um aumento de 5,5%, face ao período homólogo.

Verificou-se, ainda, um aumento de 9,7% no número de novos contratos celebrados, em comparação com o ano anterior.

Lusa/DI