Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Opinião
Turismo Residencial: o principio do fim da crise?

 

Turismo Residencial: o principio do fim da crise?

11 de fevereiro de 2015

É provavelmente uma pergunta que tem subjacente uma visão considerada optimista. Governo de Portugal, promotores imobiliários e instituições financeiras não têm hoje razões, tangíveis e objectivas, para antecipar o fim da crise no sector. Pode, no entanto, antecipar-se alguma recuperação, desde que reunidas 3 condições:

  • Governo de Portugal: a dotação de recursos de suporte ao Living in Portugal, a existência de um regime especial de autorização de residência, a estabilização de políticas fiscais competitivas para atracção de estrangeiros e a consolidação do Turismo Residencial como produto estratégico são boas notícias para o sector. A eficácia destas iniciativas dependerá, como em quase tudo, dos recursos, humanos e financeiros, colocados “à disposição” do sector (por exemplo fundos do QREN ou linhas de crédito de longo prazo contractualizadas entre promotores, instituições financeiras e o Estado), assim como uma articulação entre os vários Ministérios envolvidos (Economia, Negócios Estrangeiros, Finanças, …) no sentido (1) da criação de condições ao desenvolvimento dos projectos e (2) da transmissão consistente da mensagem promocional e dos méritos de Portugal enquanto destino.
  • Promotores imobiliários: necessidade de alocação de capitais próprios normalmente não utilizados, assunção de retornos sobre o investimento menores num horizonte temporal mais alargado e capacidade de atracção de investidores estrangeiros para os projectos. O caminho iniciado pelo Governo é condição essencial para a atracção de investidores de origem internacional, o que tem que ser obrigatoriamente complementado com a apresentação pelos promotores de business plans credíveis ao nível do investimento, vendas e operação, com produtos e estratégias comerciais defendidas por rigorosas análises ao mercado. O envolvimento de instituições financeiras no processo é nesta fase crítico para a credibilização de qualquer road-show.
  • Instituições financeiras: nas actuais condições de mercado – apesar de tudo melhores que há 18 meses ou 12 meses atrás – terão que ter a capacidade (coragem) de assumir, nem que seja numa óptica de damage control, o financiamento às operações (assegurados que estejam capitais próprios dos promotores, nacionais e internacionais), com o apoio do governo, flexibilizando condições e admitindo resultados da operação turística futura destes activos como fazendo parte do cash-flow necessário para cumprir serviços de dívida.

Não serão atingidas em 2013 e 2014 velocidades de vendas similares a 2006 – 2008, nem os valores de venda serão os mesmos; mas é possível reanimar o sector se os três vértices deste triângulo – como aparentemente estão a fazer – consensualizarem os grandes objectivos da indústria do Turismo Residencial. Se a resposta à pergunta Existe, pós-crise, apetência por parte da população, a nível global, por adquirir uma segunda habitação no estrangeiro ? é SIM, então não há razão para que não nos aproximemos da luz ao fundo do túnel.

Eduardo Abreu
Neoturis

PUB
AYH MAP2025
PUB
PUB
AYH MAP2025Newsletter
Arrendamento
Renda mediana de novos contratos aumentou 10,0% e novos contratos diminuiram 10,4%
27 de junho de 2025