Preços das casas desaceleram para 7,1% no 3.º trimestre
No 3º trimestre, o Índice Preços da Habitação (IPHab) cresceu 7,1% em termos homólogos, 0,7 pontos percentuais (p.p.) abaixo do observado no trimestre anterior. Neste período, as habitações existentes registaram uma taxa de variação dos preços de 7,4%, superior à das habitações novas (5,8%), revela hoje o INE - Instituto Nacional de Estatística.
Em relação ao 2º trimestre, o IPHab aumentou 0,5% (0,8% no 2º trimestre de 2020). Por categoria, os preços dos alojamentos existentes aumentaram 0,6%, acima do observado nos alojamentos novos (0,1%).
Entre Julho e Setembro de 2020 transaccionaram-se 45 136 alojamentos, o que representa uma taxa de variação homóloga de -1,5% e um crescimento de 35,1% face ao trimestre anterior. Por meses, observaram-se variações homólogas de -2,6%, 0,0% e -1,8%, respetivamente, em Julho, Agosto e Setembro. No trimestre de referência, o valor das habitações transacionadas atingiu aproximadamente 6,8 mil milhões de euros, mais 4,4% face a idêntico período de 2019. Agosto foi o mês com o maior crescimento do valor das transacções, 7,3%, seguindo-se Setembro (4,5%) e Julho (2,1%).
No 3º trimestre de 2020, 60,9% do total do número de alojamentos transaccionados concentrou-se na Área Metropolitana de Lisboa (14 141 transações) e na região Norte (13 351 transacções). Este é o peso relativo conjunto mais baixo desde o 1º trimestre de 2015, sendo que para tal contribuiu sobretudo a redução de 2,5 p.p. na quota relativa regional, em termos homólogos, na Área Metropolitana de Lisboa.
O Centro, com 9 631 transacções foi a região com o maior incremento de peso relativo, mais 1,5 p.p., fixando-se em 21,3%. O Alentejo e a Região Autónoma da Madeira, com respetivamente, 3 186 e 864 transações, foram as demais regiões que registaram aumentos homólogos nas respetivas quotas relativas, 0,4 p.p. e 0,2 p.p., pela mesma ordem. No Algarve foram transacionadas 3 305 habitações, o que representa 7,3% do total (igual ao período homólogo).
A Região Autónoma dos Açores, com um total de 658 habitações transaccionadas, foi a par da Área Metropolitana de Lisboa, a outra região a registar redução na respectiva quota relativa (-0,2 p.p.).