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Diébédo Francis Kéré é o primeiro africano a receber o Prémio Pritzker de Arquitectura

15 de março de 2022

Diébédo Francis Kéré foi galardoado com o Prémio Pritzker de Arquitectura 2022, anunciou hoje o presidente da The Hyatt Foundation, que patrocina aquele que é considerado internacionalmente como o «Óscar» da arquitectura. Diébédo Francis Kéré, natural do Burkina Faso, com 56 anos de idade, é, para além de arquitecto, um educador e activista social.

Para o novo Prémio Pritzker, este é o paradigma: “Levar as pessoas a sonhar e arriscar. Não é porque vocês são ricos que devem desperdiçar material. Não é porque você é pobre que você não deve tentar criar qualidade”, diz Kéré. “Todos merecem qualidade, todos merecem luxo e todos merecem conforto. Estamos interligados e as preocupações com o clima, a democracia e a escassez são preocupações para todos nós.”

Nascido em Gando, Burkina Faso e radicado em Berlim, Alemanha, o arquitecto pretende contribuir para a transformação das mentalidades através do processo de arquitectura. Através do seu compromisso com a justiça social, o uso inteligente de materiais locais.

Keré é justamente conhecido por assinar obras que trabalham com sustentabilidade, material de baixo custo e mão-de-obra da comunidade local. Procurando igualmente desenvolver uma forte parceria com as comunidades para as quais constrói, com sensibilidade especial ao local, às condições, sociais, económicas e climáticas.

O vencedor do Prémio Pritzker 2022  foi  vencedor do Prémio Aga Khan de Arquitectura em 2004 e é autor de muitas obras carismáticas, como o Pavilhão Serpentine de 2017, um pavilhão temporário que todos os anos se «projecta» no Hyde Park de Londres.

Francis Kéré é o 51º vencedor do prémio criado em 1979, sucedendo Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal. Álvaro Siza (1992) e Eduardo Souto de Moura (2011) foram os arquitectos portugueses já distinguidos com o prestigiado prémio.