

“Arquitectos devem abrir-se mais à sociedade portuguesa”
O Presidente da República disse ontem na posse dos novos órgãos sociais da Ordem dos Arquitectos que a classe deve mostrar-se mais aberta à sociedade e mostrou-se disponível para promover diálogos.
“É decisivo que a classe dos arquitectos se abra mais à sociedade e isso é um compromisso político no sentido cívico do termo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa sublinhando que tem acontecido que scetores da sociedade portuguesa se fecham em “querelas internas” e em atitudes de “casta” que considerou estéreis.
O Presidente da República, que participou na cerimónia de posse dos novos órgãos sociais da Ordem dos Arquitetos, em Lisboa, recordou as recentes eleições do organismo que deu a vitória à lista liderada por José Manuel Pedreirinho para o mandato 2017-2019.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que recebeu na semana passada a direcção cessante, assim como os novos elementos eleitos e que tendo ouvido os “problemas” de ordem económica e legislativa que foram transmitidos está disponível para promover consensos.
“De tudo tomei boa nota e contam com o Presidente da República naquilo que está dentro das funções presidenciais como está certamente o aproximar de posições divergentes, promovendo o diálogo”, referiu o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “cabe aos novos corpos dirigentes corresponder à boa imagem que a sociedade tem dos arquitectos”, não deixando de atender aos problemas que “legitimamente” preocupam os filiados da Ordem.
O Presidente da República referiu-se aos problemas que decorrem das condições económicas que afectam a procura de trabalhos em arquitectura, “bem como a questão da concorrência de esferas entre os arquitectos e outras classes profissionais”, sem especificar.
Presentes na cerimónia estiveram o novo presidente da Ordem dos Arquitectos, o anterior presidente, João Santa-Rita e Alexandre Alves Costa, presidente da Mesa da Assembleia Geral cessante.
Alexandre Alves Costa alertou que além dos prémios internacionais atribuídos a arquitectos portugueses é preciso notar a "desordem" do território nacional “cujo paradigma é o Vale do Ave” e criticou a competição “selvagem” provocada pela crise económica e pelo “liberalismo desregulado” que afecta a classe.