
Professores querem apoios para pagar despesas de docentes deslocados
Professores e diretores defendem que docentes colocados em escolas longe de casa deveriam ter apoios para pagar as despesas, como acontece com juízes e médicos, apontando que os baixos ordenados podem ser impeditivos de aceitar as vagas.
Subsídios de deslocação e habitação, programas de alojamento acessível ou um regime fiscal que contemple despesas com viagens e alojamento são algumas das propostas defendidas por professores que dizem que há casos em que é financeiramente impossível aceitar dar aulas em algumas escolas.
Todos os anos, surgem vagas em estabelecimento de ensino que ficam por preencher, em especial nas zonas de Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve, resultado de baixas médicas e da aposentação de docentes.
Este ano, por exemplo, já se reformaram cerca de 1.600 professores e as estimativas dos sindicatos é que se atinjam as duas mil aposentações, refere o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
A razão para não se preencherem esses lugares é há muito conhecida e a sindicalista Paula Vilarinho resume-a em poucas palavras: “São oferecidos salários muito pequenos para despesas muito grandes”.
Lusa/DI