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Procura por moradias, terrenos, quintas e herdades para venda disparou

16 de agosto de 2021

No primeiro semestre do ano, a procura por moradias, terrenos, quintas e herdades para venda disparou quando comparada com o período homólogo de 2019 (pré-pandemia), voltando a revelar crescimento em relação a 2020.

Segundo o estudo, baseado em dados disponíveis na plataforma Imovirtual, no qual analisa a evolução da procura de moradias, terrenos, apartamentos, quintas e herdades para venda em Portugal, Lisboa, Porto, Braga, Setúbal, Vila Nova de Gaia, Charneca da Caparica, Évora, Santarém e Castelo Branco destacam-se na procura.

Os números mostram que a procura por moradias para compra aumentou 36,7% no 1º semestre de 2021 comparativamente ao período homólogo de 2019, voltando a aumentar 16,2% em relação ao mesmo período de 2020.

As regiões cujo crescimento mais se destaca no 1º semestre de 2021 sobre o de 2019 são Lisboa (+664,7%); Setúbal (+621,8%); Porto (557,6%); Braga (+531,3%) e Vila Nova de Gaia (+522,8%). Destas, todas revelam crescimento bastante mais ténue (+3% em Lisboa, +1,2% em Braga e +13,6% em Vila Nova de Gaia) relativamente ao 1º semestre de 2020, exceto Porto e Setúbal, que decrescem -1,6% e -0,4% respectivamente.

No 1º semestre de 2021 o preço médio das moradias aumentou +7,92% em relação ao período homólogo de 2019 (388.412 euros) e +3,36% em relação ao de 2020 (405.570 euros), situando-se neste 1º semestre em 419.188 euros.

Lisboa (807.621 euros) e Faro (676.196 euros) são os distritos com o preço médio mais elevado no 1º semestre de 2021, enquanto Guarda (121.369 euros) e Portalegre (125.931 euros) revelam os valores mais baixos.

Quanto aos terrenos para compra foram a categoria com maior crescimento (+68,9%) no 1º semestre de 2021 comparativamente ao mesmo período de 2019. A procura continuou a aumentar no mesmo período deste ano relativamente a 2020 (+21,3%).

Charneca da Caparica (+608,1%), Braga (+473,7%), Setúbal (+460,5%), Porto (+341,6%) e Lisboa (286,3%) foram as regiões com maior crescimento no 1º semestre de 2021 comparativamente aos mesmos meses de 2019.

Destas, as que mantiveram um crescimento no 1º semestre de 2021 em relação ao de 2020 foram a Charneca da Caparica (+21,9%), Braga (+8,1%) e Setúbal (+6,4%). Por outro lado, Lisboa (-6,4%) e Porto (-2,6%) revelaram um decréscimo neste período.

Relativamente às quintas e herdades, foi a categoria com o segundo maior crescimento da procura (+43,5%) no 1º semestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2019. Comparativamente com o período homólogo de 2020, o crescimento foi de apenas 0,8%.

Os distritos com maior crescimento comparando o 1º semestre de 2021 com o de 2020 foram Castelo Branco (+692,2%), Évora (+513,5%), Santarém (+461,7%), Setúbal (+402,8%) e Lisboa (+323,2%).

Lisboa (-17,1%), Setúbal (-11%) e Évora (-9%) foram, dos distritos referidos, aqueles cuja procura diminuiu no comparativo do 1º semestre de 2021 com o de 2020. Por sua vez, a procura continuou a aumentar em Castelo Branco (+14,4%) e Santarém (+4,1%) neste período. 

Os apartamentos foram a única tipologia cuja procura decresceu no 1º semestre de 2021 (-17,2%) em relação ao período homólogo de 2019. No entanto, se a comparação for feita com o mesmo período de 2020, nota-se uma recuperação de +1,7%.

Ainda assim, a procura por apartamentos cresceu no 1º semestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2019 em Vila Nova de Gaia (+558,5%); Setúbal (+449,9%), Porto (+405,8%), Lisboa (+403,4%) e Braga (+397,2%). Destas regiões, Setúbal (5,2%) e Vila Nova de Gaia (+1,9%) cresceram em relação ao mesmo período de 2020, enquanto que Braga (-19,7%), Porto (-9,7%) e Lisboa (-7,8%) decresceram. 

No 1º semestre de 2021 o preço médio dos apartamentos aumentou 16,76% em relação ao período homólogo de 2019 (273.520 euros) e 3,42% em relação ao de 2020 (308.793€), situando-se neste 1º semestre em 319.368 euros.

Lisboa (507.804 euros) e Faro (296.240 euros) são também os distritos com o preço médio mais elevado no 1º semestre de 2021, enquanto Portalegre (87.745 euros) e Guarda (98.835 euros) revelam os valores mais baixos.

“O comparativo com 2020, ainda que com crescimento mais ténue do que relativamente a 2019, reforça a tendência de consumo já identificada como consequência da pandemia no imobiliário, que é a busca por soluções de habitação com tipologias geralmente associadas a melhor qualidade de vida, que se coadunam com os novos tempos e com as perspetivas de futuro, no qual o trabalho remoto se irá normalizar”, salienta Ricardo Feferbaum, Director Geral do Imovirtual.