
‘Portuguese Real Estate Investment Survey’ - o que diz a Deloitte
O mercado imobiliário em Portugal registou em 2017 um aumento de volume e de preços de venda e a banca foi o principal financiador nas aquisições de imóveis na estratégia de investimento, segundo o estudo da Deloitte.
O estudo “Portuguese Real Estate Investment Survey”, elaborado pela consultora, indica que as subidas de volume e de preços registaram-se, sobretudo, nos sectores residencial, comércio/serviços e hoteleiro.
“Após um início de ano com taxas de rentabilidade em tendência decrescente” houve uma maior estabilização nos quatro sectores, lê-se no estudo divulgado hoje, e que avalia a percepção dos agentes do sector.
Na estratégia de investimento, os ‘value added’ (valor acrescentado) demonstraram ser os “activos com maior potencial”, seguindo-se os activos ‘core’ (principais), “ainda que com tendência decrescente”.
Além da informação de que a banca foi o principal financiador, o estudo refere que a “origem do capital foi maioritariamente europeia” e que se percepcionou uma “maior facilidade na captação de fundos e uma redução na duração dos processos de aquisição de activos”.
Já na estratégia de desinvestimento, os maiores protagonistas foram os activos ‘core’ e foi notada a “importância dos Fundos de Fundos como principal investidor imobiliário em Portugal, bem como o crescimento das companhias de seguros".
Neste contexto, a origem dos investidores foi maioritariamente europeia e “percepcionou-se uma estabilização na captação de fundos e de uma redução na duração dos processos de alienação de activos”.
Ainda sobre opções estratégicas, destacou-se pelo seu crescimento o investimento (passando de 29% no 1.º trimestre para 36% no 4.º trimestre”.
Já a estratégia de gestão de portfólio, “embora muito representativa, apresentou uma ligeira tendência decrescente, igualando no 4º trimestre a de investimento”.
Assim, a estratégia de desinvestimento acabou por ter uma quebra, passando de 33% no 1.º trimestre para 28% no 4.º trimestre.
Para 2018, é esperado “um aumento do volume e dos preços de transacção por todos os inquiridos no sector comércio/serviços, seguindo-se o hoteleiro (90%) e residencial (80%). “Adicionalmente, espera-se que as taxas de rentabilidade se mantenham nos quatro sectores em análise, embora no caso do sector residencial, se possa assistir a uma estagnação ou ligeira redução das mesmas”, lê-se.
Segundo a consultora, participaram nesta edição sociedades gestoras de fundos imobiliários, fundos imobiliários, bancos, seguradoras, Private Equity, entre outras empresas e as respostas foram recolhidas durante o ano de 2017.
Lusa/DI
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