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Ocupação de escritórios dispara e coloca actividade anual ao nível de 2018

24 de junho de 2019

Depois de encerrar o primeiro quadrimestre do ano com um take up acumulado (52.666 m2) cerca de 14% abaixo de igual período de 2018, o mercado de escritórios de Lisboa recuperou de forma expressiva em Maio.

Segundo o mais recente Office Flashpoint da JLL, neste mês, as empresas ocuparam 17.866 m2 de área de escritórios, um resultado que impulsionou o acumulado do ano para 70.532 m2, ou seja, superando, ainda que muito ligeiramente (+1%), a actividade observada nos primeiros cinco meses de 2018. Neste período, registaram-se 74 operações, reflectindo uma área média por transacção de 953 m2. A JLL é responsável pela negociação de 33% da área colocada nos primeiros cinco meses de 2019.

De acordo com Mariana Rosa, Diretora de Office / Logistics Agency and Transaction Manager da JLL, ”após um início de ano lento, chegamos em maio a níveis de 2018, o que se deve ao surgimento de novos espaços de escritórios no mercado, especialmente resultado de renovação e reconversão de edifícios. O abrandamento do mercado sentido até abril não se deve à falta de procura, que continua bastante ativa, especialmente por áreas de grande dimensão. Assim, é expectável que a atividade consiga pelo menos manter-se nivelada com o ano passado, à medida que o pipeline previsto para o ano vá ficando disponível”.

Em Maio, a ocupação cresceu 64% em termos mensais e 11% em termos homólogos, registando um total de 19 operações e uma área média de 940 m2. A maior operação do mês foi a mudança da Liberty Seguros para 4.260 m2 do edifício Adamastor, no Parque das Nações, mas outras duas transacções ficaram também acima dos 3.000 m2. Casos da instalação da Sitel no edifício Malhoa 19 (3.215 m2), numa operação mediada pela JLL; e da Efacec no edifício Q61-Dona Amélia, na Quinta da Fonte (3.069 m2). No top 5 do mês de maio incluem-se ainda a ocupação de 2.102 m2 no Espaço Sete Rios pela EDP Distribuição e de 1.356 m2 no FPM 41 pela PLMJ.

Duas destas operações (nomeadamente da Sitel e da EDP Distribuição) situam-se na zona 3 (nova Zona de Escritórios), o que garante a este eixo a liderança do mercado em maio, com 31% do take up mensal; embora seguida logo de perto (29%) pela zona 5 (Parque das Nações), devido à operação da Liberty Seguros; e pela zona 6 (Corredor Oeste), com 20%. Em termos de procura, o sector de Serviços a Empresas foi o mais activo do mês, concentrando 38% do take up, maioritariamente graças à ocupação da Efacec no edifício Q61 e a já mencionada ocupação da EDP Distribuição, entre outras. Serviços Financeiros foi o segundo sector mais activo, representando 24% da ocupação mensal. No acumulado do ano, são estes dois sectores também os mais dinâmicos da procura, embora em posições invertidas: as empresas de Serviços Financeiros lideram, com 35% do total do take up até maio, seguidas pelas empresas de Serviços a Empresas, com 29% do total ocupado. Em termos geográficos, lidera a zona 5 (Parque das Nações), com 36% da área anual, com as zonas 2 (CBD), 3 (Novas zonas de escritórios) e 6 (Corredor Oeste) a apresentarem pesos de 19% a 14% do total anual.