
Britânicos para continuarem na UE compram imobiliário português
A Forbes, uma das mais conceituadas revistas de negócios e economia do mundo, revela que os 48% de eleitores britânicos que teriam preferido ficar na União Europeia querem investir em imobiliário na Europa e Portugal é um dos destinos preferidos.
A jornalista Carla Passino, no artigo 'Why The British That Wish To Stay In The EU Are Turning To Real Estate' (Por que os britânicos que pretendem permanecer na UE estão se voltando para o sector imobiliário) publicado ontem, explica que alguns deles estão tentando encontrar uma maneira de permanecer na UE e a compra de imóveis na Europa é uma solução. "Os cidadãos britânicos que estão interessados em manter o seu direito de circular e de se fixarem livremente em toda a União Europeia estão olhando para oportunidades de forma a ganharem residência num país da UE". Alguns tentam encontrar na sua árvore genealógica alguma possibilidade de conseguirem dupla nacionalidade e outros, que já residem no exterior, solicitaram a cidadania do país de acolhimento.
"Mas um número crescente de britânicos também estão a olhar para a compra de imóveis na União Europeia como um meio de obter uma posição na UE, com vista a aplicar visto de residência ou cidadania, mais tarde, se necessário", salienta Carla Passino.
Portugal surge entre os vários países que podem oferecer regimes atractivos para circulação dos britânicos. Nadine Goldfoot dos serviços de imigração da Fragomen, revelou à jornalista da Forbes que para os investidores que querem principalmente a liberdade de viajar - em vez de viver - dentro da área Schengen da UE, Portugal oferece um regime atractivo: "O Governo Português tem sido extremamente bem sucedido na sua divulgação, enquanto que o espanhol, que oferecem algo semelhante, não tem sido tão pró-activo ", de acordo com Goldfoot.
"Portugal dá residência temporária - levando potencialmente a residência permanente e cidadania sob específicas circunstâncias - a investidores que invistam 500.000 euros ou mais em imóveis, para aqueles que fazem transferências de capital ou aquisições de participações accionárias para, pelo menos, 1 milhão de euros, ou aqueles que criarem pelo menos 10 postos de trabalho. Os requisitos de residência são mínimos: as pessoas só têm de passar sete dias em Portugal no primeiro ano e 14 dias em cada período subsequente de dois anos".
Além de Portugal, Malta, Espanha, Hungria, Letónia, Chipre e Bulgária são os referidos na Forbes como destinos que podem interessar aos britânicos que pretendem investir fora do Reino Unido e a poderem manter ligação à União Europeia.