Antigo edíficio do Diário de Notícias novinho em 'folha' para receber novos residentes
O antigo e emblemático edifício que termina a Avenida da Liberdade, junto ao Marquês de Pombal, em Lisboa, que durante décadas recebeu o jornal Diário de Notícias, está pronto a receber os seus novos residentes.
Promovido pela Avenue, o projecto consiste na reabilitação do '266 Liberdade' e na conversão para habitação e comércio no piso térreo. Já foram vendidos mais de 65% do total de 34 apartamentos, distribuídos por cinco pisos, com tipologias de estúdio a T5, com áreas de 47 a 406 m2.
O '266 Liberdade' dispõe de uma área total de mais de 4 mil m2 e, além dos apartamentos com interiores renovados e contemporâneos, tem 47 lugares de estacionamento em dois pisos abaixo do solo e, no piso térreo, uma loja de 1300m2, cujas paredes exibem os inigualáveis frescos do artista modernista português, Almada Negreiros. Da autoria do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro, o prédio é considerado imóvel de interesse público e recebeu o Prémio Valmor, em 1940.
Na reabilitação deste edifício icónico de Lisboa, foram mantidas a herança e traça arquitectónica e cultural, de acordo com o projecto de autor, tendo sido preservadas as fachadas e elementos com relevância histórica. Os interiores foram reabilitados e renovados, com vista a conjugar a tradição e a história com o conforto, elegância e contemporaneidade. Destacam-se a conservação dos frescos de Almada Negreiros, a porta giratória na entrada principal, a caixa do elevador de época e os revestimentos em pedra-mármore de paredes de salas e áreas de circulação, bem como a recuperação de soalhos e os tetos de alguns apartamentos.
Para Aniceto Viegas, director geral da Avenue, "o 266 Liberdade não foi apenas mais um trabalho de reabilitação. Representou um grande desafio não só ao nível da concepção do projecto, mas também por todas as especificidades inerentes à requalificação de um edifício ícone da cidade de Lisboa, distinguido com o prémio Valmor. Assumimos esse compromisso com entusiasmo e conscientes desta responsabilidade".
"No final, conseguimos alcançar os nossos objectivos, preservando e respeitando a visão original do autor, ao mesmo tempo que criámos interiores contemporâneos e conferimos o uso comercial ao piso térreo. Tudo isto numa das avenidas mais procuradas de Lisboa", acrescenta o responsável.
O edifício da autoria do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro, foi inaugurado em 1940, tendo vencido nesse ano o Prémio Valmor.
