Comportamentos que irão transformar o imobiliário

O relatório lançado pela consultora CBRE “Live, Work, Shop” oferece uma ampla análise intergeracional sobre os comportamentos que podem e irão, seguramente, transformar o imobiliário.

Em 2022, a CBRE inquiriu mais de 20.000 pessoas em diversas regiões do globo e de todas as gerações, desde baby boomers a jovens da geração z, com o objectivo de entender como as pessoas irão viver, trabalhar e comprar no futuro e de que forma estes comportamentos terão impacto no imobiliário.

A consultora identificou diversas tendências para cada uma das temáticas.

Viver (Live)

O estudo constata que as pessoas estão mais propensas à mobilidade: “seja para mais próximo do centro das cidades, como é o caso das gerações mais novas; ou do centro para a periferia ou zonas mais rurais, no caso de gerações mais velhas”. Contudo a aquisição de casa própria continua a ser preferencial.

A análise resultante das respostas dos inquiridos revela uma alteração nos critérios de selecção de habitação após a pandemia, sendo” cada vez mais notória a necessidade de um espaço dedicado ao trabalho em casa, mas o preço continua a ser o factor mais relevante.

Trabalhar (Work)

O pós-pandemia veio também revelar que “a flexibilidade” veio marcar a temática do trabalho e tem uma influência positiva na forma como as pessoas olham para a sua função dentro de uma empresa; Facilitar o tempo de deslocação é crucial para assegurar uma maior presença no escritório, embora este, «repensado», continuará a atrair as equipas.

Imagem Mediamodifier - Pixabay

Comprar (Shop)

Apesar da mudança gradual, o estudo constata que “a maioria dos consumidores ainda prefere comprar em lojas físicas”. A confiança dos consumidores reduziu-se o que, segundo estudo, significará certamente “mudanças comportamentais”. A larga maioria das pessoas está inquiridas está tomando medidade “no sentido de proteger o planeta e aumentar a consciência ambiental”.

Para Cristina Arouca, Head of Research na CBRE Portugal, “Vivemos, a nível global, uma conjuntura à qual apenas agora assistimos, com 4 gerações em simultâneo no mercado de trabalho (Baby boomers, Gen X, Millenialns e Gen Z) e uma pandemia que, entre outros, revolucionou o conceito de flexibilidade, tornando-o incontornável no dia-a-dia das pessoas nos seus mais diversos contextos. A qualidade de vida, a crescente importância da localização da casa e do trabalho, as preocupações ambientais e os novos modelos de trabalho lideram naquela que é agora a lista de prioridades das pessoas e certamente o sector imobiliário terá que adaptar-se a este novo paradigma, pondo em prática adaptações e alterações por forma a acomodar os novos comportamentos.”

Leia o relatório AQUI