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EDP aposta em energias renováveis no Alqueva

 

EDP aposta em energias renováveis no Alqueva

 

EDP aposta em energias renováveis no Alqueva

4 de junho de 2019

A EDP vai investir 3,5 milhões de euros numa central fotovoltaica flutuante no Alqueva. Segundo a empresa, os “11.000 painéis e uma produção estimada de 6.000 MWh”, replicam em escala industrial o projecto da barragem do Alto Rabagão (Montalegre).

Em declarações à agência Lusa, o presidente da EDP Produção, Rui Teixeira, afirmou que o projecto piloto da central fotovoltaica flutuante no Alto Rabagão, em teste desde Novembro de 2016, “superou as expectativas”, com uma produção 6% acima do previsto desde o seu arranque e uma eficiência maior do que as soluções similares em terra.

Face aos resultados obtidos a norte, a EDP pretende agora avançar para um novo projecto no Alentejo, mas com maior escala e complexidade, uma vez que o Alqueva é uma central hídrica com sistema de bombagem, que permite a reutilização da água para geração de electricidade.

“Começámos a pensar em escalar esta solução [do Alto Rabagão], aproveitando outras albufeiras que temos em Portugal. E o Alqueva é uma das zona com melhor radiação solar no país e permite a instalação dos painéis sem ter muitas sombras”, explicou o administrador da EDP à Lusa.

 

Alto Rabagão - um projecto-piloto

O projecto para o Alqueva tem “uma escala industrial”, adiantou, referindo que estão previstos 11.000 painéis solares – que compara com 840 na barragem transmontana – e uma estimativa de produção anual de 6.000 MWh (face aos 300 MWh do piloto no Alto Rabagão), o equivalente ao consumo de um quarto da população de Portel e de Moura.

Esta central fotovoltaica flutuante servirá ainda para testar duas novas possibilidades: acoplar aos painéis solares baterias de iões de lítio para acumular energia e ser utilizada nas horas em que não há produção solar e optimizar o sistema, aproveitando a existência de bombagem.

Neste momento, o projecto está em consulta pública, tendo que ser posteriormente apreciado pela Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

De acordo com o responsável, se forem obtidas as autorizações, “o objectivo é em 2020 instalar o projecto”, com um investimento estimado de 3,5 milhões de euros.

Já o projecto do Alto Rabagão continuará com “características de piloto”, servindo como “uma laboratório vivo para testar tecnologia pioneira a nível europeu” por testar a complementaridade entre a energia solar e hídrica.

Lusa/DI