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Algarve: Cobertura digital do interior e rede de aldeias inteligentes mobiliza 25 M€

22 de novembro de 2021

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) da Região do Algarve: CCDR e Municípios do Algarve propõem-se mobilizar 25 milhões de Euros de fundos europeus do Portugal 2030 para garantir a cobertura digital no interior da região e dinamizar uma rede de aldeias inteligentes.

Esta sexta-feira, em Albufeira, o Presidente da CCDR Algarve, José Apolinário, anunciou o propósito de no âmbito do Portugal 2030, em consulta pública, “o Programa Operacional Regional mobilizar 15 milhões de euros para o apoio à melhoria da conectividade nas áreas rurais e de baixa densidade e 10 milhões de euros para acções de valorização económica de recursos endógenos e estratégias de diversificação da base económica nos territórios de baixa densidade”.

 

Envelhecimento preocupantes da população

“No Algarve, depois de um forte crescimento populacional nas duas décadas de 1991 até 2011, a década passada veio revelar uma perda de intensidade do crescimento demográfico no Algarve, apesar de a litoral ainda ser um dos raros territórios nacionais a ver aumentar o número de residentes” – referiu o presidente da CCDR algarvia. “O crescimento é bastante assimétrico no interior da região, sendo os ganhos dos concelhos do litoral bastante inferiores aos da década 2001-2011 e, menos expressivos do que as perdas dos concelhos do interior: -13,6% a perda de residentes em Alcoutim e de -9,6% em Monchique” adiantou.

José Apolinário referiu: “O índice de envelhecimento no Algarve, em torno dos 149,2 idosos por cada 100 jovens, em 2020, é contudo elevado e preocupante, condicionando a dinâmica de renovação populacional, logo, também as dinâmicas do mercado de trabalho da região, onde o número de inactivos por 100 empregados é superior aos valores do Continente (109,4 contra 106,8), resultado de uma  tendência de diminuição da população activa mais acentuada regionalmente e de um aumento da população inactiva, em contraciclo com o comportamento do território continental, entre 2013 e 2020.

 

Economia grisalha

A afirmação deste perfil demográfico regional alertou “representa também um manancial de oportunidades emergentes na promoção de formas de envelhecimento activo e na criação de novos serviços e qualificações territoriais que conduziram ao reconhecimento do Algarve como espaço de referência para o envelhecimento saudável, estimulando o segmento da economia grisalha, de longevidade e bem-estar e potenciando factores de inovação e complementaridade entre os sectores da saúde humana e do turismo”.

O investimento pretende, pois “qualificar o cluster da economia grisalha e de longevidade, na prestação de serviços e cuidados pessoais, de saúde humana e bem-estar, que suporte a afirmação do Algarve enquanto referência territorial do envelhecimento activo e saudável, para nacionais e estrangeiro”.