O “Centro Champalimaud” como nunca o viu…

Mostramos-vos o Centro Champalimaud, em Belém, junto ao estuário do Tejo, pelo olhar do fotógrafo, e arquitecto de formação, Ricardo Oliveira Alves.

Através de um vídeo e 26 fotografias captadas pela câmara e o olhar do consagrado fotógrafo de arquitectura podemo-nos aperceber da beleza do edifício, da sua perfeita inserção num espaço deslumbrante, da modernidade e excelência dos equipamentos e serviços postos à disposição da população.

Criada por vontade testamentária de António de Sommer Champalimaud, industrial e financeiro de sucesso, que consagrou parte da sua herança à construção deste projecto de beneficência e investigação, a Fundação Champalimaud tornou-se ao longo dos anos uma instituição de reconhecido mérito nacional, elogiada um pouco todo o mundo.

Relação entre Investigação básica e a actividade clínica

O Centro Champalimaud, em Lisboa, que agora damos a conhecer com mais pormenor, “desenvolve a sua actividade nas áreas das neurociências e do cancro, através de programas de investigação e da prestação de serviços clínicos de excelência, levando também a cabo, fora de portas, um programa de luta contra a cegueira”.

O texto de apresentação da Fundação é bem explicito quanto aos propósitos que a norteiam: “Para prosseguir os seus objectivos de concretizar avanços científicos significativos, a Fundação Champalimaud adopta a metodologia translacional, que estabelece uma ligação directa e de interdependência entre a investigação básica e a actividade clínica. Este é um dos seus princípios de actuação basilares e em que faz assentar a sua diferenciação”.

O Prémio António Champalimaud de Visão, a mais importante distinção nesta área do conhecimento a nível mundial, tem o apoio da "Visão 2020 – O Direito à Visão", uma iniciativa global para a prevenção da cegueira lançado em colaboração com a Organização Mundial da Saúde e com a Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira.

Todo este trabalho desenvolvido ao longo dos ainda poucos anos de actividade granjearam-lhe já um enorme reconhecimento internacional. Ainda recentemente, a Fundação recebeu 50 milhões de euros da família dos fundadores da Danone para a construção de um centro de pesquisa e tratamento do cancro do pâncreas. O Centro Botton-Champalimaud, assim se designará, será construído no terreno situado ao lado do actual edifício, estando a sua abertura prevista para Outubro de 2020, dez anos depois da inauguração do "Centro Champalimaud para o Desconhecido".

Segundo a Fundação, "é a primeira vez que uma família estrangeira confia a uma instituição filantrópica portuguesa uma responsabilidade desta natureza".

“Arquitectura como escultura. Arquitectura como beleza. Beleza como terapia...”

O edifício do Centro Champalimaud foi projectado pelo arquitecto indiano Charles Correa, falecido a 16 de junho de 2015, em Bombaim, no seu país natal, aos 84 anos de idade.

Correa, um verdadeiro pensador só espaço urbano, com fortes ligações a Goa e a Portugal, “acreditava que os edifícios deviam procurar expressar a verdadeira essência e cultura dos locais onde são implantados, tendo sempre em mente a finalidade última do edifício para criação da perfeita simbiose entre função e forma”.

Sobre a construção do Centro Champalimaud, disse: "Este projecto utiliza os mais elevados níveis de ciência e medicina contemporânea para ajudar as pessoas a lutar contra problemas reais. E para acolher estas actividades pioneiras, nós tentámos criar uma peça de arquitectura. Arquitectura como escultura. Arquitectura como beleza. Beleza como terapia”.

Ricardo Oliveira Alves e a sua equipa

Vídeo

Producer: Ricardo Oliveira Alves

Director: Ricardo Oliveira Alves

Editing: Ricardo Oliveira Alves

Post-Production and Color Grading: Ricardo Oliveira Alves

Drone Pilot: Samuel Morais

Fotografia:Ricardo Oliveira Alves

Veja o vídeo AQUI

Leia a entrevista no DI: https://bit.ly/2AkS9X4