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Obras no Forte de Peniche já arrancaram

30 de outubro de 2018

As obras de requalificação da muralha da frente marítima e dos antigos pavilhões prisionais do Forte de Peniche começaram com vista à instalação do Museu Nacional da Resistência e Liberdade, informou hoje a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC).

O contrato para o início das obras de recuperação dos pavilhões, empreitada orçada em 815 mil euros, e das muralhas da frente marítima, no valor de 144 mil euros, foi já assinado e os trabalhos irão prolongar-se durante seis meses, informou hoje a DGPC.

O investimento na reabilitação do Forte de Peniche e da respectiva muralha e a instalação do Museu Nacional da Resistência e Liberdade está estimado em 3,5 milhões de euros, dos quais três milhões são financiados por fundos comunitários e os restantes 500 mil euros pelo Orçamento do Estado, sendo uma das prioridades do Ministério da Cultura no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).

A Fortaleza está encerrada ao público desde meados de novembro de 2017. Em Maio deste ano, o arquitecto João Barros Matos foi seleccionado para elaborar o projecto de arquitectura para o Museu Nacional da Resistência e Liberdade pelo júri do concurso lançado para o efeito pela DGPC.

No final de Abril deste ano, a Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica, presidida pela DGPC, entregou ao então ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, o guião para os conteúdos do Museu, que vai ter 11 núcleos temáticos.

Em Abril de 2017, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um plano de recuperação da Fortaleza de Peniche para instalar um museu nacional dedicado à luta pela liberdade e pela democracia, na antiga prisão da ditadura do Estado Novo destinada a presos políticos.

Em Setembro de 2016, a Fortaleza de Peniche foi integrada pelo Governo na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, no âmbito do programa Revive, mas passados dois meses foi retirada, pela polémica suscitada.

A fortaleza, classificada como Monumento Nacional desde 1938, foi uma das prisões do Estado Novo de onde se conseguiu evadir, entre outros, o histórico secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal, em 1960, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate ao regime ditatorial.

Lusa/DI