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Lisboa: volumetria do Portugália Plaza gera controvérsia

7 de maio de 2019

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai fazer duas apresentações públicas sobre o projecto Portugália Plaza, um complexo de apartamentos previsto para a Avenida Almirante Reis, que integra a antiga e bem conhecida cervejaria.

Em comunicado, a vereação do PSD na autarquia lisboeta refere que "exigiu ao executivo da CML a realização de duas acções de apresentação pública do projecto Portugália Plaza, com implantação prevista para o quarteirão da Portugália, situado na Avenida Almirante Reis".

"Esta exigência do PSD resultou no compromisso do executivo camarário em agendar, para breve, duas apresentações públicas", reforça a nota, acrescentando que o período de consulta pública, inicialmente previsto terminar em 12 de Maio, será prorrogado.

Segundo aquele partido, "o projecto, assinado pela ARX e de investimento alemão, recupera terrenos actualmente abandonados para habitação de classe média e residências para estudantes", através da "construção de duas torres com 110 apartamentos, espaços culturais e para escritórios, lojas comerciais e de serviços, cerca de 570 espaços de estacionamento e diversas áreas de lazer abertas ao público, entre as quais uma praça central ajardinada".

Os vereadores do PSD na câmara municipal, Teresa Leal Coelho e João Pedro Costa, estão de acordo com "este investimento privado, estruturante, (...) recolocando zonas residenciais para o retorno da classe média, em pleno centro da cidade".

"Toda esta zona da nossa Lisboa, freguesia de Arroios, é uma das mais antigas urbes de população de classe média e este projecto tem potencial para devolver a cidade aos cidadãos", consideram os sociais-democratas.

Segundo pormenorizava ontem o jornal “Público” “vão ser erguidos quatro prédios, sendo que um deles terá 16 pisos e 60,2 metros de altura (…) O que resultará numa torre com impacto visual considerável, se a observarmos, por exemplo, do miradouro da Penha de França ou do de Monte Agudo – afirmava o artigo.

Segundo a memoria descritiva do empreendimento, este será composto por cinco blocos. “Além dos quatro prédios novos, o antigo edifício da Fábrica da Cerveja e o famoso restaurante vão ser reabilitados.

Os munícipes que queiram saber mais sobre o projecto e apresentar sugestões podem fazê-lo ​no centro de documentação no edifício da câmara no Campo Grande ou na Junta de Freguesia de Arroios. Uma vez que a volumetria do novo quarteirão ultrapassará o que é permitido pelo actual Plano Director Municipal de Lisboa, pelo que o projecto deve ser submetido a consulta pública.

Lusa/DI