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Lisboa: Sete Rios vai ter revolução urbanística

6 de abril de 2019

Sete Rios será objecto de uma intervenção urbanística que vai fazer nascer habitação, serviços, comércio e turismo nos terrenos do Metro de Lisboa, além da central de autocarros adiada há 15 anos, revelou hoje o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.

O vereador foi hoje ouvido pela comissão de Transportes da Assembleia Municipal da capital sobre os terrenos do Metropolitano de Lisboa em Sete Rios, que a empresa tenciona vender, e que conforme consta têm uma extensão de 60.000 metros quadrados.

Para estes terrenos e a zona envolvente de Sete Rios foi criada uma unidade de execução, que está a trabalhar naquela intervenção urbanística, de acordo com o definido pelo Plano Director Municipal (PDM).

Construção em altura

Manuel Salgado revelou que os usos em causa serão habitação, serviços, comércio e turismo, mas "não estão fechadas as quantidades", estando a autarquia em diálogo com o Metro acerca dos índices de edificabilidade, sendo certo que a opção será pela "construção em altura", à semelhança dos edifícios já instalados naquela zona.

"Faz sentido para libertar solo permeável e sobretudo espaço público", disse o vereador, acrescentando que será compatível com o que está previsto para a praça general Humberto Delgado (nome dado a Sete Rios e que muita gente desconhece), no âmbito do projecto "uma praça em cada bairro", onde está prevista a intervenção numa área de quase 6 hectares, o equivalente a seis campos de futebol.

O projecto da praça contempla também "um grande colector do sistema geral de drenagem, que vem da Estrada das Laranjeiras", sendo ainda concluída a galeria da estação de Metro de Sete Rios, que está interrompida, com diversas saídas, permitindo a circulação subterrânea de pessoas.

Assim, vai criar-se um "interface potente" dos diversos transportes públicos daquela zona: metro, comboios, central de autocarros e um futuro terminal dos Transportes Sul do Tejo (TST), esclareceu.

Manuel Salgado disse não poder dar qualquer indicação sobre a data de conclusão das obras da nova central de camionagem de autocarros, uma estrutura provisória há mais de 15 anos.

"A intenção do Metro é ter a proposta de execução aprovada pela Câmara e só depois fazer a alienação do património. Vender o terreno em bruto sem a proposta estabilizada com o município será sempre muito problemático", sustentou o vereador do Urbanismo.