CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Actualidade

 

Construção em Portugal deverá crescer 2,6% em 2017

14 de fevereiro de 2017

A produção do sector da construção em Portugal deverá registar este ano um crescimento de 2,6%, depois de em 2016 ter recuado 3,3%, indicou hoje a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP).

A recuperação da produção do sector da construção “deverá estender-se a todos os segmentos da actividade”, o que está em linha com o crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto português previsto pelo Banco de Portugal para 2017, a par de um “desempenho positivo do mercado de trabalho”, refere em comunicado.

Na base do crescimento da produção está também a “expectativa de uma sensível recuperação do investimento público”, nomeadamente ao nível da construção, impulsionado pela realização de eleições autárquicas e pelo reforço da utilização de algumas das verbas inscritas no Portugal 2020.

Assim, é esperado um crescimento de 3% no segmento da construção residencial, com a construção nova a crescer 1,4% e os trabalhos de reabilitação a aumentarem 5,8%.

Já a produção do segmento da construção não residencial deverá crescer 3,1%, uma recuperação que se baseia na expectativa de “desempenho favorável” da sua componente pública (5% em termos reais), uma vez que a evolução da produção de edifícios não residenciais privados deverá ser mais moderada, com um crescimento da ordem dos 2%.

 

Efeitos das eleições autárquicas e do programa Portugal 2020

A FEPICOP defende que a componente pública da construção de edifícios não residenciais “deverá beneficiar do acréscimo previsto no montante de investimento público, impulsionado pela realização de eleições autárquicas e pelo reforço da utilização de algumas das verbas inscritas no Portugal 2020”.

Acresce que o Governo tem anunciado alguns programas com influência directa na recuperação do sector da construção, caso das 200 intervenções previstas para as escolas do 2.º e 3.º ciclos e secundário, num valor de 320 milhões de euros, a realizar até 2020.

Já a evolução prevista para a engenharia civil aponta para um crescimento de 2% na sua produção, mantendo-se como o segmento menos dinâmico do sector da construção em Portugal, tal como ocorreu nos dois anos imediatamente anteriores.

A contribuir para uma evolução positiva da produção deste segmento estão os valores relativos ao investimento público na área das obras de engenharia civil traduzidos em adjudicações de empreitadas de obras públicas apurados ao longo de 2016, os quais reflectem um crescimento de 16% face a 2015, assinala o comunicado.