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2018: volume de transacções poderá atingir os 3.000/3.500 M€

1 de março de 2018

Segundo o último Marketbeat Portugal 2018 publicado hoje pela Cushman & Wakefield, as previsões apontam para um fecho de 2018 com um volume de transacções de investimento imobiliário comercial entre 3.000 e 3.5000 milhões de euros.

O sector de retalho captará a maior parcela de investimento em 2018, mas os escritórios deverão também atrair um volume muito significativo de capital. Os portfolios de uso misto e hotéis registarão igualmente elevado interesse.

O estudo analisa em detalhe o imobiliário nacional sector por sector ao longo do ano transsacto, constituindo uma ferramenta útil para todos os profissionais.

 

Escritórios: novos 100.000 m2 nos próximos 3 anos

Em 2017, o mercado de escritórios da Grande Lisboa registou um crescimento de 16% no volume de espaços contratados, com cerca de 167 mil m2 transacionados. A nova oferta manteve um crescimento incipiente, com apenas 3 edifícios inaugurados ao longo de 2017 que foram ocupados na totalidade em pré-arrendamento. Para os próximos anos – diz o estudo - perspectiva-se um novo arranque na actividade de promoção, com os projectos de escritórios previstos para os próximos 3 anos na Grande Lisboa a totalizarem 100.000 m². Contabilizando projectos em fases mais prematuras bem como intenções de remodelações de espaços desadequados dos requisitos da procura actual, o valor da nova oferta para os próximos 3 anos quase que triplica.

 

Retalho: restauração e moda imperam e comércio de rua é cada vez maior

O sector de retalho em Portugal manteve durante o ano transacto o forte crescimento que vinha a registar-se desde 2015. De acordo com a amostra reunida pela Cushman & Wakefield foram registados em 2017 cerca de 750 novos contratos de retalho no país, localizando-se a grande maioria na Grande Lisboa. À semelhança dos últimos anos, o sector da restauração foi o mais activo, tendo representado 36% das novas aberturas, num total de 270 unidades. A moda teve também um crescimento significativo, sendo o segundo sector mais representativo, com 180 novas lojas (24% das aberturas). Os centros comerciais foram responsáveis pelo maior número de aberturas, mas o dinamismo do comércio de rua, que surgiu há poucos anos como um sector renascido, é confirmado pelos dados da procura: ao longo do último ano assinalaram-se na amostra cerca de 300 novas aberturas no formato de rua.

 

Industrial: uma viragem de ciclo

O mercado imobiliário Industrial em Portugal – sublinha a C&W - não tem refletido até à data a forte actividade ao nível empresarial, “mas os dados de procura relativos a 2017 apontam para uma possível viragem do ciclo, com um aumento do volume de espaços transacionados” – enfatiza o estudo. No ano passado foram identificados na Grande Lisboa 28 negócios que envolveram 115.000 m2 de área contratada.

 

Turismo: 115 unidades hoteleiras com mais de 9.500 novos quartos até 2019

2017 foi excelente para o sector turístico em Portugal ( todos o sabemos), mantendo a evolução positiva que se regista desde 2014. O estudo apura que “O número de hóspedes situou-se nos 20,6 milhões (+8,9%) e as dormidas nos 57,5 milhões (+7,3%). Os proveitos de hotelaria cifraram-se nos 3,39 mil milhões de euros, traduzindo um impressionante aumento de 16,6”%.

O bom comportamento do sector turístico resultou numa aposta do sector no alargamento da oferta. Até 2019 perspectiva-se a abertura prevista de cerca de 115 unidades hoteleiras com mais de 9.500 novos quartos. As regiões de Lisboa e do Porto vão continuar a receber a maioria de novos projectos, 60 novas unidades e 5.300 quartos. As categorias superiores predominam nas unidades hoteleiras com abertura prevista até 2019, com 71% dos projectos de categoria 4 e 5 estrelas.

 

Residencial: projectos residenciais para portugueses de gama média

Por sua vez, o mercado residencial em Portugal continua a demonstrar a forte actividade que se regista desde 2013. Segundo o estudo, “o aumento dos volumes transaccionados e dos valores praticados manteve-se ao longo de 2017, alimentado em parte por compradores estrangeiros que encontram em Portugal fundamentais para investir as suas poupanças, normalmente numa óptica de preservação de capital”.

Ao longo de 2017 – adianta a C&W – “começou a ser evidente o interesse de vários promotores no desenvolvimento de projectos residenciais de gama média, direccionado para as famílias portuguesas que hoje não conseguem satisfazer as suas necessidades de habitação na cidade de Lisboa, seja por via da compra ou do arrendamento”.

 

Investimento: 800 milhões de euros só em Janeiro e Fevereiro de 2018

Também a actividade de investimento se manteve extremamente dinâmica ao longo de 2017, tendo sido atingido “um novo recorde em termos de volume, cerca de €2,1 mil milhões de investimento, distribuídos por mais de 60 operações”. O capital estrangeiro continuou a ser o principal impulsionador da actividade – adianta o texto, tendo representado 67% do total”. O sector de escritórios captou a maior parcela de capital e voltou a atingir um novo máximo histórico de investimento em 2017, recebendo 38% do capital investido, 770 milhões de euros.  Os activos de retalho captaram um volume de 740 milhões de euros, 36% do total.

O relatório chama a atenção, no entanto para o facto de  sectores menos convencionais, como os Hotéis, Saúde e Educação começaram também a surgir como alternativas reais de investimento, “tendo representado 9% do volume total alocado em imobiliário comercial”.

O ano de 2018 começou de resto forte nesta atividade, sublinha a C&W que informa que “o volume de investimento nos meses de Janeiro e Fevereiro já contabilizado” ascende a 800 milhões de euros, a sua grande maioria em activos de Retalho.

 

Leia todo o estudo AQUI