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"Solar das Arcas" acaba de ser classificado como monumento de interesse público

21 de abril de 2021

O empreendimento de turismo em espaço rural, “Solar das Arcas”, um Palacete situado na aldeia de Arcas, em Macedo de Cavaleiros, foi classificado como monumento de interesse público por parte do Património Cultural.

O despacho da classificação foi concluído em março de 2021 e destaca que “o Solar das Arcas constitui um dos mais importantes exemplares da casa nobre setecentista transmontana e um testemunho bem característico das residências senhoriais e citadinas barrocas, desenvolvidas em comprimento, com capela privada numa das extremidades da fachada.”

Francisca Pessanha, responsável pelo espaço refere “este solar, situado no centro da aldeia de Arcas, perto de Bragança, é um exemplo de uma casa construída nos Séc. XVII e XVIII e, pertence, à minha família Pessanha, descendente do genovês Pessanha que, no reinado de D. Dinis, veio para Portugal ensinar a arte de navegar”.

A capela é, também, um elemento de destaque, com o seu “notável retábulo-mor rocaille, em talha dourada e policromada”, como descreve a decisão da classificação, salientando que “merece também referência o jardim, igualmente de risco erudito e requintado, que constitui um espaço de lazer hoje particularmente raro em Trás-osMontes”.

“Para além do seu valor arquitetónico e artístico, o “Solar das Arcas” configura ainda um suporte de memória privilegiado da organização social do antigo regime e das vivências da nobreza rural, onde os visitantes têm oportunidade de realizar algumas atividades agrícolas tradicionais e de usar a área de caça, proporcionando assim bons momentos de lazer a todos que por aqui passam” afirma Francisca Pessanha.

São igualmente importantes para a decisão do Governo “o grau de autenticidade dos edifícios e a ligação matricial, histórica e paisagística que o solar conserva com a envolvente, nomeadamente com os terrenos agrícolas limítrofes”. A classificação do “Solar das Arcas” reflecte os critérios constantes da legislação que rege o estatuto atribuído, “relativos ao caráter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitectónica, urbanística e paisagística, e à sua extensão e ao que nela se reflecte do ponto de vista da memória colectiva”.

Erguido entre os séculos XVII e XVIII, o palacete desenhado pela escola de Nicolau Nasoni, está aberto ao público sobre a forma de uma magnífica Quinta de Turismo Rural composta por Apartamentos T0 e T2 "Mountain Deluxe", jardins exteriores, piscina, pomar e horta biológica.