CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Turismo

 

Facturação turística nacional cresce mas o consumo estrangeiro cai

6 de outubro de 2021

A Reduniq, a maior rede nacional de aceitação de cartões nacionais e estrangeiros e uma das marcas da instituição financeira UNICRE, acaba de divulgar novos dados do seu relatório de análise transaccional – o Reduniq Insights – que apresenta a evolução da facturação em Portugal, com especial foco nos negócios do sector turístico.

Como principal conclusão da sua análise, o Reduniq Insights demonstra uma tendência de crescimento da faturação preveniente de cartões de pagamento nacionais este verão, nomeadamente de mais 16,5% em relação ao verão de 2019. Este é um cenário igualmente visível nas actividades económicas associadas ao turismo – hotelaria, restauração e rent-a-car – que também registaram subidas de faturação nacional este verão face a 2019, respectivamente 34,8%, 84,3% e 50%.
Em contrapartida, a facturação originada por cartões de pagamento estrangeiros deste Verão continua inferior aos resultados obtidos há dois anos, apesar desta quebra ser inferior do que a que se registou entre o verão de 2020 e o verão de 2019. No total, os negócios arrecadaram este verão menos 23,1% do que em 2019, com as actividades de hotelaria, restauração e rent-a-car a obterem menos 39,7%, 19% e 19,1%, respectivamente, neste mesmo período de comparação. Já entre 2020 e 2019, as quebras destas categorias estiveram nos 71,3% para a hotelaria, 55% para a restauração, e 59,3% para o rent-a-car.
Relativamente à faturação global – que junta os resultados nacionais e estrangeiros – o valor arrecadado pelos negócios em Portugal em 2021 foi 5,5% superior ao de 2019.
Apesar da queda da faturação estrangeira, o Reduniq Insights regista ainda o crescimento do peso de alguns mercados externos na facturação dos negócios em Portugal este verão face a 2019, em especial da França, Irlanda e Espanha, que aumentaram o seu contributo para a faturação dos negócios nacionais em 5,5, 4,7 e 1,1 pontos percentuais, respectivamente. Em contrapartida, países como o Reino Unido registaram uma queda de 7,7 pontos percentuais. Do total de países que contribuíram para a faturação estrangeira em Portugal, o destaque vai para quatro países europeus: França (25,6% do total), Reino Unido (12,9% do total), Espanha (11,3% do total), e Irlanda (8% do total). Encerram este top 5 os Estados Unidos da América, com um peso de 6,1% no total da faturação estrangeira.
Já ao nível da análise transacional por regiões, verifica-se semelhante tendência de crescimento da faturação nacional e de quebra da faturação estrangeira nos cinco principais distritos turísticos – Lisboa, Porto, Faro, Madeira e Açores. Enquanto os resultados provenientes de cartões nacionais ultrapassaram os valores de 2019 em 68,3% nos Açores, 36,6% na Madeira, 26,6% em Faro, 10,5% em Lisboa, e 10,3% no Porto, a faturação estrangeira registou o cenário inverso, com quebras face ao verão de 2019 de 40,7% em Lisboa, de 27,4% no Porto, de 22,1% em Faro, e de 20,8% nos Açores (exceptuando a Madeira, onde subiu 18,1%).
Sobre o cenário traçado no relatório, Tiago Oom, Director da Reduniq, comenta que o mesmo é o resultado de um conjunto de fatores. Por um lado, podemos justificar o aumento da faturação nacional com a gradual reabertura da economia, aliada a uma forte promoção do turismo em Portugal junto do mercado interno – basta analisarmos o aumento significativo do consumo nacional em regiões como a Madeira e os Açores. Por outro lado, verificamos ainda o impacto significativo da pandemia no regresso do consumidor externo a Portugal, ainda que alguns mercados estrangeiros tenham aumentado a sua faturação em Portugal este ano, quando comparada com anos anteriores”.
As conclusões do relatório reflectem a análise da facturação por cartões de pagamento registadas na rede de pontos activos da acquirer português – actualmente a maior rede de aceitação de cartões nacionais e estrangeiros em Portugal – num período compreendido entre 1 de Julho e 15 de Setembro de 2021.
Pandemia consolidou pagamentos sem contacto 
Além dos resultados do Reduniq Insights, a marca especialista em pagamentos anuncia ainda que a sua rede de pagamentos registou uma quota recorde de pagamentos contactless. Só em agosto deste ano, os pagamentos contactlessrepresentaram 67% do número total de transações efetuadas, um valor que contrasta com os 4% de janeiro de 2019, e que, segundo Tiago Oom, comprova a gradual consolidação dos pagamentos sem contacto, e até uma crescente adesão dos portugueses a novas formas de pagar, tais como smartphones ou wearables”.