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Museu Judaico de Lisboa deve estar pronto no final de 2027

10 de maio de 2024

O futuro Museu Judaico de Lisboa, em Belém, deverá estar concluído no final de 2027, afirmou hoje a Vereadora do Urbanismo da Câmara Municipal lisboeta, Joana Almeida, numa sessão pública de apresentação do projecto.

“Neste momento está em aprovação o projecto de arquitetura, segue-se a parte de todo o projecto de requalificação da envolvente e depois vai para a fase de projecto de execução e depois dois anos de obra. Portanto, aqui toda a parte de projecto de execução um ano e a obra dois anos. Teríamos um Museu concluído no final de 2027”, afirmou no final do evento.

A apresentação pública do projecto, em Belém, segue-se ao início da consulta pública por trinta dias, que decorre desde 02 de Maio.

O debate público sobre o projecto de construção foi aprovado pela autarquia, por unanimidade, em 22 de Fevereiro, por considerar a sua excepção no cumprimento do sistema de vistas previsto no regulamento do Plano Diretor Municipal (PDM).

O Museu Judaico de Lisboa está previsto para terrenos localizados entre a Avenida da Índia, a Rua das Hortas e a Rua da Praia de Pedrouço, na freguesia de Belém.

De acordo com a responsável, actualmente ainda falta resolver uma permuta com um dos proprietários, que é a Santa Casa de Lisboa, para que o terreno previsto para a implantação do edifício fique disponível.




O restante deste terreno para a implantação do Museu pertencia a particulares e a permuta das propriedades privadas por um terreno municipal foi aprovada em Assembleia Municipal em 19 de Março.

Tratou-se da troca de uma propriedade privada com 185 m2 (metros quadrados) por um terreno municipal com 774,28 m2, ambos na Rua da Praia de Pedrouços, na freguesia de Belém, que prevê ainda que o particular pague à câmara 559 mil euros pela diferença da área do imóvel cedido pelo município.

Em Dezembro de 2020, o executivo municipal, sob presidência do PS, aprovou a construção do Museu Judaico em Belém e consequente revogação da instalação do equipamento em Alfama, localização que tinha sido alvo de contestação dos moradores.

Passados mais de três anos, cabe ao executivo liderado por Carlos Moedas (PSD) prosseguir com a obra.

De acordo com a proposta da liderança PSD/CDS-PP, que governa sem maioria absoluta, o Museu Judaico pretende contribuir para a “ampla divulgação, em Portugal e no mundo, da importância da comunidade judaica e das suas expressões culturais para a formação histórica da cidade de Lisboa e a identidade cultural portuguesa”, inserindo-se numa das medidas das Grandes Opções do Plano para a Cidade de Lisboa 2021|2025, nomeadamente o Eixo D – Afirmar Lisboa Como Cidade Global | Cidade de Cultura e Abertura.

O edifício proposto para o Museu Judaico tem uma área de implantação de 2.000 m2 e “uma área de construção de 6.055,64 m2, desenvolvendo-se no sentido nascente poente, com uma frente contínua superior a 50 metros, com cerca de 80 metros”, e prevê a requalificação da zona envolvente ao nível das infraestruturas e espaços verdes.


Imagem vídeo de projecto


O projeto, da autoria de Daniel Libeskind, em colaboração com o arquitecto Miguel Saraiva (Saraiva+Associados), conta, desde Outubro de 2022, com o reconhecimento de interesse cultural pelo Ministério da Cultura.

Informações sobre o processo e o projecto do Museu Judaico podem ser consultadas em https://informacao.lisboa.pt/agenda/municipal/museu-judaico-de-lisboa-abertura-de-debate-publico. 

Lusa/DI