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Porto: Concursos para 300 fogos de habitação acessível com mais de 70 propostas

18 de agosto de 2020

A Câmara do Porto recebeu mais de 70 propostas nos concursos para o projecto de urbanismo e construção de cerca de 300 fogos, T2 e T3, de habitação acessível em Lordelo do Ouro, anunciou hoje a autarquia.

O período de recepção de propostas, iniciado em Abril, implica três concursos diferentes: um para a execução de obras de urbanização, espaço público e paisagismo, estando nele integrados os trabalhos de renaturalização do troço da ribeira da Granja e a reestruturação viária e urbanística de toda a área, e dois para a construção de cinco edifícios de habitação colectiva.

Na sua página oficial na Internet, a autarquia refere que o projecto prevê a construção de cerca de 300 fogos, T2 e T3, destinados ao mercado de arrendamento acessível e distribuídos por cinco blocos de habitação, e implica um investimento aproximado de 46 milhões de euros, assumido integralmente pelo município.

“As propostas vencedoras serão contempladas com prémios no valor de 15 mil euros [e a adjudicação dos projectos com honorários totais de mais de 1,6 milhões de euros], estando prevista também a atribuição de 10 mil e cinco mil euros aos segundos e terceiros classificados, respectivamente. Para cada um dos concursos está prevista ainda a possibilidade de atribuição de duas menções honrosas”, ressalva a autarquia.

Segundo o município, liderado pelo independente Rui Moreira, este projecto na zona de Lordelo do Ouro enquadra-se na estratégia de reforço da oferta de habitação na cidade, inscrita no novo Plano Director Municipal (PDM).

“Edificação e Habitação” é um dos eixos estruturantes deste novo plano, cujo principal objetivo passa pelo reforço da oferta de habitação para atingir um outro, o da recuperação demográfica da cidade, que já começou a dar sinais positivos com o aumento do número de habitantes nos anos de 2017, 2018 e 2019, depois de 30 anos em que o Porto perdeu mais de 100 mil moradores, salientou.

 

"Porto com Sentido"

A autarquia considera que a disponibilização de habitação a preços acessíveis na cidade tem contribuído para a “tendência de recuperação do número de habitantes”.

Até 2022, o município estabeleceu como meta incluir no mercado de arrendamento um total de mil imóveis, actualmente destinados ao alojamento local, num investimento superior a quatro milhões de euros que vai concretizar-se através do programa "Porto com Sentido".

“A primeira consulta pública para imóveis com vista à sua colocação no mercado de arrendamento acessível iniciou há três semanas e decorrerá até Dezembro de 2020”, vincou.

Consequentemente, a cada 10 candidaturas ou mensalmente será feita uma seleção das habitações que serão imediatamente colocadas em concurso para subarrendamento a rendas acessíveis, explicou.

Lusa/DI