Nunca se venderam tantas casas em Portugal desde 2010
Entre Janeiro e Março de 2016 foram transaccionados 29.464 alojamentos em Portugal. Só recuando até 2010 encontramos um 1º trimestre com um número de transacções (32.849) superior ao registado em 2016. Ainda relativamente ao primeiro trimestre deste ano, o valor da venda de casas totalizou um montante de 3,4 mil milhões de euros, sensivelmente mais 400 milhões de euros do que no período homólogo do ano anterior.
Estes são os resultados divulgados hoje pelo INE - Instituto Nacional de Estatística, que realça ainda que do total de alojamentos vendidos, 23.956 respeitaram a alojamentos existentes (81,3% do total). Tendo por comparação o trimestre homólogo, o número de transacções aumentou 14,6%. No entanto, as vendas de alojamentos existentes e novos registaram comportamentos diferentes, com um aumento de 18,8% na habitação existente e uma redução de 0,8% na habitação nova.
Índice dos preços da habitação registou um aumento de 6,9%
Quanto ao índice dos preços da habitação (IPHab), o relatório do INE revela que no primeiro trimestre de 2016, o IPHab registou um aumento de 6,9% quando comparado com idêntico período do ano anterior. A taxa de variação homóloga no período em análise situa-se 1,9 pontos percentuais (p.p.) acima da observada para o último trimestre de 2015, sendo este o décimo trimestre consecutivo em que o IPHab apresenta taxas de variação homóloga de sinal positivo.
O IPHab para os alojamentos existentes registou a taxa mais alta da série disponível (7,9%), verificando-se uma evolução homóloga nos preços médios superior à dos alojamentos novos (4,7%), tal como se tem vindo a observar desde o último trimestre de 2014.
Nos primeiros três meses de 2016, a taxa de variação média anual do IPHab fixou-se nos 4,6%, o que representa um acréscimo de 1,5 p.p. face ao observado no trimestre transacto.
A Área Metropolitana de Lisboa e a Região Norte foram as regiões que representaram as maiores percentagens de vendas ocorridas durante o primeiro trimestre de 2016 (35,5% e 29,6%, respectivamente).
Pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2010, o número de transacções observado para a Área Metropolitana de Lisboa superou as 10.000.
