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Habitação by century 21

 

 

FMI alerta: Preços das casas em Portugal estão a voltar à pré-crise

12 de dezembro de 2016

Portugal registou a 15ª maior subida anual entre 63 países estudados num relatório do FMI. Os economistas do FMI dizem para não entrar em pânico mas reforçar vigilância.

Segundo a informação divulgada pelo Dinheiro Vivo, os preços dos imóveis em vários países estão a subir aceleradamente até aos níveis pré-crise, alerta o estudo de economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na semana passada. "A hora ainda não é de pânico mas é tempo de apertar a vigilância, pedem". 

Hites Ahir e Prakash Loungani, do FMI adiantam que "entre 2007-08, os preços dos imóveis colapsaram marcando o início da crise. Agora, o índice de preços de habitação do FMI mostra que estamos quase de volta a preços pré-crise. É hora de nos voltarmos a preocupar?".

Explicam também o porquê de ainda não ser hora de pânico: a evolução dos preços não está a ocorrer de forma sincronizada em todos os países e cidades ao contrário do pré-crise, e hoje já existe alguma regulação para contrariar estas "bolhas".

O estudo coloca Portugal na categoria, a que chamam de bust and boom, já que depois de uma queda acentuada os preços voltaram a ter subidas significativas a partir de 2013. Segundo os dados avançados pelo FMI, os imóveis em Portugal valorizaram 6,4% no último ano, o 15º registo mais elevado dos países analisados.

Uma das razões apontadas pelo estudo para esta subida em Portugal é o facto de existir, falta de oferta. "As licenças para novas habitações cresceram só modestamente (…) e o impacto das limitações da oferta é evidente em várias cidades", revelam.

"Mesmo que os preços subam só devido à oferta, o impacto no endividamento das famílias pode ser adverso para a estabilidade financeira". É que a subida de preços não encontra correspondente nos rendimentos das famílias que, com a entrada de investidores a puxar preços, acabam por ser obrigadas a um maior esforço (risco) para comprar ou arrendar uma habitação – vários investidores estão a refugiar-se no imobiliário numa fase de rentabilidade reduzida em vários activos e de receios vários em relação ao futuro de outros activos.