Estrangeiros responsáveis por 8,2% dos imóveis transaccionados em Portugal
Os estrangeiros foram responsáveis por 8,2% dos imóveis transaccionados em Portugal, correspondendo a 13,0% do valor total transaccionado em 2018, avança hoje o INE - Instituto Nacional de Estatística.
O crescimento expressivo em 2018 das vendas de imóveis a não residentes, 14,5% em número e 22,2% em valor, foi contudo menor que o observado em 2017, +19,2% e +22,6%, respectivamente.
Segundo o INE, em 2018 o valor médio dos prédios vendidos a não residentes situou-se em 171 178 euros, mais 58% que o valor médio das transacções globais (108 016 euros). Esta diferença relativa aumentou face a 2017 em que atingiu 49%.
Tal como no ano anterior, foram os residentes em França que mais imóveis adquiriram em Portugal (19,7% do valor total), seguidos pelos residentes no Reino Unido (16,9%). É ainda de destacar o elevado valor mediano (297,2 mil euros) dos imóveis vendidos a residentes na China, quase seis vezes superior ao conjunto do mercado (53 mil euros).
Mais de ¾ do valor das aquisições por não residentes concentram-se na Área Metropolitana de Lisboa (39,5%) e no Algarve (35,9%). Foi também na Área Metropolitana de Lisboa que o valor médio destas aquisições foi mais elevado (322,5 mil euros).
De referir ainda que em 2018, aumentou a proporção de imóveis vendidos a não residentes com um valor unitário igual ou superior a 500 mil euros, representando 7,2% do número de imóveis adquiridos por não residentes (6,8% em 2017) e 37,6% do valor total (36,3% em 2017).
Como referido a França, é o principal país de residência dos compradores de imóveis (em termos do valor transaccionado), situação que se vem verificando desde 2016. Seguiram-se o Reino Unido (16,9%), o Brasil (8,3%), a China (5,1%) e a Alemanha (4,9%). No seu conjunto, os cinco principais países de residência dos compradores que adquiriram imóveis em Portugal em 2018, representavam 54,8% do valor global de vendas a não residentes nesse ano.
Do total de 242 091 imóveis transaccionados em 2018, 29,8% localizavam-se na região Norte, seguindo-se as regiões Centro (25,7%) e a Área Metropolitana de Lisboa (25,0%). No que respeita ao valor transaccionado, à Área Metropolitana de Lisboa correspondeu 45,8% do total, seguindo-se a região Norte (22,1%). O valor médio dos prédios transaccionados em 2018 foi significativamente mais elevado na Área Metropolitana de Lisboa (198 029 euros) e no Algarve (159 163 euros), com valores significativamente acima da média nacional (108 016 euros).