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Habitação by century 21

 

Aumento do preço das casas entrou em aceleração

11 de janeiro de 2017

Desde 2001 que o preço das casas em Portugal não apresentava um aumento homólogo tão acentuado como o que foi registado em Setembro de 2016. Segundo o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, o preço das casas em Portugal (Continental) cresceu 7,5% nesse mês face a Setembro de 2015, não só continuando o percurso de recuperação iniciado em meados de 2013 como acelerando bastante o seu ritmo.

Segundo a publicação, “Além de ser necessário recuar cerca de 15 anos para encontrar uma valorização com semelhante magnitude, o crescimento homólogo de 7,5% observado em Setembro também mais que triplica a variação homóloga de 2,1% registada um ano antes, em Setembro de 2015”.  “Tal aceleração resulta de uma sequência de cinco trimestres consecutivos de valorizações, algo que não se verificava desde o começo da crise, em finais de 2008. No 3º trimestre de 2016, o crescimento face ao trimestre anterior foi de 2,4%” refere a CI.

 

Três anos de rota ascendente dos preços

A Confidencial Imobiliário destaca ainda que esta performance dá sequência à rota ascendente dos preços nos últimos três anos. De acordo com a Ci, os preços das casas em Portugal iniciaram o seu percurso de recuperação em meados de 2013, quando atingiram o ponto mais baixo do mercado, aumentando, desde aí, em termos acumulados, 11,1%.

Estes valores estão em linha com os resultados mais recentes do Portuguese Housing Market Survey, referentes ao inquérito de Novembro, onde se frisa que as expectativas relativas ao aumento dos preços por parte dos agentes imobiliários inquiridos se acentuaram, apontando para uma subida média anual de 4% nos próximos 5 anos, ritmo que tem sido confirmado e mesmo ultrapassado pela realidade do mercado.

Para Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário e responsável por aquele Índice de Preços, “A generalização da recuperação dos preços decorre da estabilização do sistema financeiro e do sucessivo incremento do crédito à habitação, mas também ao crescente desequilíbrio entre uma procura que continua a aumentar e a escassez de oferta adequada às famílias portuguesas, que estão hoje mais confiantes e descongelaram as suas decisões de compra”.